domingo, 25 de janeiro de 2009

Bebo os cafés amargos que elas me fizeram depois das noites loucas de amor. Espalharam rosas, perfume e memórias nos meus lençóis para jamais as esquecer e assim amedrontarem-me na escuridão. Sonhos frios de Inverno, encobertos pelo denso nevoeiro dos teus olhos e das pegadas que deste passo-a-passo descalça na madeira. Não me esqueças nesses bosques e vales que percorres até alcançares o cume e não mais me avistares. Aperta-me a mão e adoça a alma desesperada. Beija os lábios sôfregos, lá na planície em que nos conhecemos e admirámos o horizonte interminável. Não galgues mais os ínfimos quilómetros de confidências e de segredos obscuros… Eu continuo-o a acreditar que esta história possa ter mais um capítulo antes do grande final.


http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

1 comentário:

  1. Tudo tem um princípio e um fim.
    Pelo meio ficam instantes, momentos.
    Que perduram para lá do final.

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