sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS!




A PAZ PERFEITA




Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênue nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico. 

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho. Paz perfeita.
Qual pensas que foi a pintura ganhadora? O rei escolheu a segunda. Sabes por quê?


"Porque", explicou o rei, "paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor."

"Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz".



*Autor Desconhecido*


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mensagem e Oração...












Para todos os marinheiros…
Que navegam no mar negro… da solidão
E todos os portos da eterna e… desolada escuridão.
Para todos os seres que tanto almejam a felicidade
Sejam eles casados, viúvos, divorciados ou… Solteiros
Vivam eles simplesmente em sonhos ou… em realidade!

Isto é uma mensagem e… uma oração.

A mensagem… é que eu… embora extenuado
Contínuo sempre… tão determinado a caminhar
E pese o facto de eu… já ter os meus pés em ferida…
Mesmo assim… a tremenda dor que isso me provoca
Não é suficiente para eu… ao sofrimento me alquebrar.
Procuro algo… escondido entre o sonho e a realidade
Procuro… a luz radiosa de um tão singelo e… lindo olhar
Procuro… o som de afáveis e alegres palavras
Procuro… o perfume e o calor de um gracioso corpo
Procuro… o tesouro que dinheiro algum, o poderá comprar.
Porque este meu erradio coração…
Nasceu para amar… e para sempre… ser amado
Nasceu para ser feliz… contigo… sempre ao meu lado!
E embora não saiba ao certo, a distância que tudo isto estará de mim
No entanto… nem o maior cataclismo me impedirá de ir até ao fim…
Do meu sonho… da pura e dura realidade e… até de mim.
Para finalmente eu… contigo… feliz e eternamente poder estar!

A oração… é pedir a todos que… nunca desistam de amar
Por muita e prolongada dor… que isso vos venha a causar
Não deixem por favor… de o vosso verdadeiro amor procurar
E sobretudo… incondicionalmente o mesmo vir amar…
Até ao vosso inevitável derradeiro respirar.
Pois só assim poderão encontrar a paz e a humildade em vós
O verdadeiro dom… para os vossos inimigos conseguir perdoar
O dom… para a vossa ira e egoísmo em bondade transformar
Para dessa forma, a felicidade a todos vós poder, para sempre abraçar!

E se esta minha tão singela oração, for porventura escutada
Então… Talvez já amanhã, para muitos de vós…
Bem lá dos confins da escura e fria madrugada…
Surgirá um verdadeiro e radioso raio de um amor… sem condição
Que penetrará eternamente no vosso tão puro e apaixonado coração!
Assim te rogo Senhor.
Amém…

sábado, 23 de outubro de 2010

Tornar-se sábia...



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sábado, 16 de outubro de 2010

ISABEL MONTEVERDE (1957 - 2010) - UM ANJO RETORNA À CASA DO PAI



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Aqui na blogosfera a vida é real!...

Partilhamos alegria e tristezas...

Hoje deixamos aqui o adeus à Isabel...
Brava guerreira...
Doce poetisa...

Minha solidariedade ao amigo António pela perda.
Ela viverá em seu nobre coração, para sempre!

Blog do António Pais


Blog da Isabel - "Artista maldito"


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Descanse em paz, Isabel


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aquele que olhou para si mesmo e descobriu-se


Onde vais? Perguntou o cozinheiro ao empregado de mesa.

Um pouco cansado, João respondeu:

Vou pausar e fumar um cigarro, já são poucos os clientes que estão na sala.



Dirigiu-se ás traseiras do restaurante abriu a porta dos fundos e sentou-se nas caixas de fruta que lá se encontravam.

Ainda antes acender o cigarro olhou para o céu e contemplou as poucas estrelas que ali se encontravam. Suspirou e disse:

Que Vida esta! Estou sempre aqui, e por vezes esqueço-me que estou aqui. Estranho! Por vezes sinto, que não vivo, é como se me esquece-se de mim.

O momento de simplicidade e cumplicidade entre mim e tudo o que me rodeia parece por vezes tão distante, que esqueço a minha Presença neste mundo no qual vivo e experimento a Vida. Onde estou "EU"? O que ando eu a fazer? Será possível que quem sou, não saiba quem sou?



Ainda confuso com as questões que colocara a si mesmo. Lembrou-se o que dissera antes.

..."Estou sempre aqui, e por vezes esqueço-me que estou aqui"...



Pois! Só pode ser isso, esqueço-me de mim. Um esquecimento, algo semelhante a um sonho, onde eu vivo adormecido para comigo próprio. Vejo a vida ao meu redor, vivo em função do meu exterior, das tarefas, das obrigações e responsabilidades que encontro. Incluo tudo isto na minha vida, excepto talvez o mais importante "EU".



Naquele momento a Vida parou, a pequena brisa que o acariciava a lua e o canto de um Mocho conduziram-no á simples Presença de se incluir a si mesmo no momento.

Foi então que subiu á estrela mais alta, de forma a puder contemplar e olhar para si, um olhar tenro meigo e inocente, de quem não teve medo de olhar para a Vida como ela "É". Uma Observação que nada exclui e tudo inclui.

Agora, nada estava de fora, nada estava separado, tudo fazia parte do todo incluindo a pequena estrela que o ajudara a tomar Consciência do todo.



Estupefacto com a simplicidade do momento, o "EU" tornara-se o todo, vislumbrando o todo. Uma tomada de Consciência simples e natural, que olha observa e contempla a personagem e o filme em simultâneo. Que vê não com os olhos físicos mas com a Consciência que é o Todo olhando para si mesmo.

Suas palavras fluíam de forma espontânea:

Quando Observo a Vida, quando Observo o todo, incluindo quem eu julgava apenas SER, vejo que o esquecimento era apenas isso um esquecimento.

Que magia posso "EU" ter para mim? Uma vez que me reconheço no todo, que estou disposto a lembrar-me que sou o todo. Seu Coração bateu forte, e uma energia de luz pura se apoderou do seu corpo.



As seguintes palavras nasceram em si.

Viver em mim é viver em ti, ambos somos "UM". A Criação e o criador são faces da mesma moeda, nada se exclui e tudo se experimenta. A Magia que aqui questionas é a Criação, a Magia da evolução e da felicidade, que se encontra somente no Coração.

Um Coração que tudo aceita e nada julga, pois sabe que está julgando-se a si mesmo, auto criando-se a si mesmo.

Um Coração que nada ignora e que sabe que tudo têm um propósito, o de SER feliz com ele mesmo.

Um Coração que abraça a humildade a honestidade e por fim toda a sua Criação, transformando o mundo que vê no mundo que Vive.



Ao Seres Feliz... Viverás Feliz...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Viver sem problemas


Será possível viver sem problemas?

A resposta a esta pergunta reside no interior de cada um, uma resposta que requer humildade e honestidade para consigo mesmo.

Para existir um problema, têm necessariamente que existir um sujeito, pois um problema sem a presença de um sujeito não é problema. Para sabermos de facto se é possível viver sem problemas, temos primeiro de saber o que é um problema, e o que faz dele ser um problema, qual a raiz o porquê do mesmo.

Por norma a sociedade estipulou que um “problema” é a incapacidade que a pessoa sente face a uma situação que a seu ver têm de ser resolvida.
Por outro lado a incapacidade aqui mencionada resume-se á falta de controlo que temos sobre o problema em questão.

Fomos ensinados que a Vida é um palco onde o Homem tem de controlar a mesma, tudo em função e em prol dos objectivos por ele delineados.

Quando alegamos que existe algo de errado na nossa vida, quando afirmamos que temos um problema, de facto isso é verdade. Simplesmente porque você é a pessoa, que dita o que é ou não um Problema na sua Vida.
È você que tutela a gravidade e a importância que um assunto exterior a si têm ou não.
A falta de controlo, a incapacidade e falta de soluções para a resolução do problema conduzem o Homem muitas das vezes a um estado de desespero, angustia, preocupação e tristeza.

Todo o problema remete a uma ausência de solução que “Aparente.mente” no presente momento se encontra fora do nosso alcance.

Ora a Vida mostra-nos que a sua essência manifestada é de Mudança, que tudo nas nossas Vidas muda, tudo se transforma, nada permanece igual ou para o todo sempre. Dito isto o problema de hoje não será um problema amanhã.

A doença, a difícil situação financeira, os desentendimentos familiares matrimoniais e tudo mais que possamos alegar como um problema, têm um cariz efémero. Nada permanece.

O que aos nossos olhos são problemas, existem com um propósito maior, o de nos fazer ver que não controlamos a Vida, pois o “eu” que julga controlar a Vida foi ensinado e sente a necessidade de se ocupar no tempo de forma a conquistar e atingir os objectivos pretendidos.

Mas a Vida está a mostrar algo bem mais precioso e válido para a Vida que em si existe. O tempo, o momento Presente não existe para se ocupar controlar ou manipular, mas sim para Viver o Momento Presente e tudo que nele existe.
Para isso o Homem têm de acreditar na Vida que em si respira, têm de acreditar no invisível no espaço, no tempo, no vento, no riso de uma criança, nas cores das flores, no aroma do mar, enfim no Momento.

Esta tomada de Consciência, é uma rendição ao apego, ao controlo, e às preocupações. Muitos intitularam este forma de viver como fé, e de facto assim o é. Inicialmente o Homem têm lenta.mente de abdicar do controlo para se entregar á crença no vazio, no silêncio, na essência que lhe faz bater o Coração.
Ele não ignora o problema, a situação a ser resolvida, invés ele RECONHECE “Conscientemente” a “existência do problema” e a incapacidade nele de o resolver, assim e só assim a honestidade será admitida.
Quando assim é a Vida em si foi Honesta para com a Vida, não existe nada mais grandioso Majestoso e poderoso que a Vida honesta para com ela mesma, é neste processo que a Vida em si evolui.

É então que o tempo e a experiencia de quem escolheu acreditar na Vida, lhe revela a magia e os resultados. Resultados de quem confiou na Vida, uma Vida que a seu tempo tudo proporcionou para resolver ou explicar tal problema.

Tudo têm um fundamento incluindo aquilo que intitulamos como problema. Quando despertamos para o Momento, quando nos incluímos no Momento, como Vida que somos, descobrimos todo um Mundo Novo, um Mundo que provêm do nosso interior, é esse Mundo que a Vida está a mostrar a si mesma, a si a mim e a todos.

Somos nós que escrevemos a “nossa” Vida, a mente é de facto o lápis que escreve e que antecipa assim o momento.

Não devemos preocuparmo-nos com a Vida, e assim escrever um futuro preocupante com receios duvidas e fecho para com a vida, podemos sim abraçar a Vida, que a seu “tempo” nos abraça, tornando assim a sua fé em sabedoria.

O Mundo é um espelho que reflecte o seu interior…

sábado, 17 de julho de 2010

Caminhando


Onde vais tu perguntou o caminho ao caminhante?
Vou até aonde a Vida me levar.
E para onde te leva Vida?
Para o Momento, a simplicidade, o Viver a Vida Presente e entregue ao Instante.

Mas então o tempo, o que fazes tu com ele?
Escolhi saltar fora do tempo, pois ele me distrai de Viver intensamente o Momento.

E o que têm esse Momento?
Têm a Vida, a Alegria e por fim a Sabedoria sobre o tempo.

Sobre o Tempo?
Sim, o Momento sabe como lidar com o tempo, como Observar e como utilizar os pensamentos que nos projectam para fora do Momento. Isto porque o tempo não existe para Ser vivido, mas sim para ser compreendido.

Escolho Viver o Momento, pois é nele que a Vida se encontra, fora do tempo. Não procuro o resultado fora do Momento, mas sim dentro. Contemplo o sorriso de uma Criança, o brilho no Olhar de um adulto, o raio de Sol que me visita, tudo isto e muito mais, no Momento.

Não escolho o destino, nem tão pouco a meta, todos eles estão para fora do Presente. Não escolho a chegada nem mesmo o limite, escolho o Caminho Presente este sempre Momento, é nele que Vivo o instante Mágico, que é Viver fora do Tempo.

Porque a Vida é simplesmente o Sempre Aqui e Agora, mais uma vez o Momento, onde tudo acontece. Onde a Vida se auto reconhece.

O tempo é a roupa que escolho usar, o aroma que quero experimentar, sem apego deixo-o passar, fluir como uma pena solta ao vento que em mim me visita com o seu olhar. Mas é apenas isso um pensamento que eu posso ou não acreditar, em que posso ou não escolher apoiar.
Criando assim a Vida que em mim me permitiu sonhar, voar mais alto, e com isso abraçar, imaginar e concretizar, a Vida que em mim, a Vida que “Agora” acreditou em se manifestar.

Tempo ou Presença


Grande parte da Humanidade Vive em prol de uma régua, uma régua que estipula o tempo e com isso a importância atribuído ao mesmo.
Determinamos assim o pouco e o muito, o insuficiente e o suficiente, o diminuto e o bastante, tudo isto em base na régua intitulado como tempo.

A verdade é que o tempo quando classificado não serve o Momento Presente, ele o “Momento” pouco se importa com o tempo, classificações são domínio da mente, do tempo.

Um Pai pode viver grande parte da sua vida com o filho e nunca estar Presente, um esposo pode viver toda a sua Vida com a mulher e desconhecer o significado de estar Presente.
Podemos conviver com os colegas de trabalho durante anos e anos, e contudo estamos ausentes. No entanto teimamos em alegar que o tempo que estamos com eles é suficiente, que estar horas dias meses e mesmo anos, é sinónimo de qualidade e obrigação cumprida.

Estar com o próximo não significa estar Presente. Um Pai pode ver seu filho uma vez por semana, uma vez por mês ou mesmo uma vez por ano, e a sua Presença SER genuína, de entrega incondicional ao momento, uma Presença com um valor incalculável, onde interacção entre ambos é mágica e de um impacto profundo na evolução dos dois. Pois a Vida evoluí neste Momento, no Momento em que a Vida se cruza de forma Presente.
Por outro lado, o mesmo Pai pode viver toda a sua vida com o seu filho, e nunca estar Presente, sua postura sua posição é a de um actor que desempenha um papel físico, onde a Presença é apenas corporal, ele está lá fisicamente mas o seu pensamento, o seu sentimento e a sua atenção está algures no tempo.

Não classifiquemos a Presença. O Momento jamais pode Ser classificado, quanto muito lembrado, recordado, que estamos no “Aqui no Agora” Presentes de tudo que nos rodeia, entregando-nos assim ao encantamento do momento.

A Vida não é uma Obrigação onde classificamos como bom ou mau, correcto ou incorrecto, suficiente ou insuficiente, a Vida é simplesmente a forma pelo qual vivemos o momento, se Presente ou no tempo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hildegard von Bingen

Hildegard von Bingen
.

Pensadora, grande filósofa e teóloga, compositora, médica, botânica, Hildegarda foi autora de várias obras musicais de temática religiosa incluindo Ordo Virtutis, uma espécie de ópera que relata um diálogo de um grupo de freiras com Deus. Escreveu ainda dois dos únicos livros de medicina escritos na Europa no século XII. Fazia sermões públicos, que, além de atrair pela riqueza de conteúdo o povo de sua época, atraia multidões pelo carisma e pela grande beleza física que possuia, como podemos ver pelas iluminuras que a representam e pelos relatos sobre ela. Mistica, foi por várias vezes entrevistada para por a prova suas visões e em todas foi considerada sã. Muitas vezes suas visões e as sensações eram difíceis de serem postas em palavras. Eram experiências que transcendiam o nosso modo convencional de perceber as coisas. Mas ela tinha de descrever suas experiências de alguma forma, sentia uma grande necessidade de comunicá-las. Por conta de sua coragem, Hildegard foi muito atacada por toda a sua vida. Mas o pior ainda viria no último ano de sua vida. Ela havia caridosamente enterrado um jovem revolucionário que havia sido excomungado, quebrando assim com uma das mais rígidas leis eclesiásticas da Igreja. Os bispos exigiram que ela exumasse o corpo, considerado indigno de repousar em terra santa. Ela recusou-se, dizendo que o jevem morrera em graça e em comunhão com Deus. Seu convento foi interditado e ela e suas irmãs foram proibidas de participarem da missa. Em 17 de setembro de 1179, Hildegard, ao 81 anos, sofreu um colapso; pouco antes de morrer, duas listas de luz surgiram no céu e adentraram em seu quarto. Hildegar foi, a partir de então, cultuada como uma mensageira de Deus entre os homens.

*fonte:O Misticismo e Os Grandes Místicos por Carlos Antonio Fragoso Guimarães
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De Santa Maria
Responsório


Ó como preciosa é
a virgindade desta Virgem,
que tem fechada a porta,
e cujas entranhas a santa Divindade
com seu calor inundou,
assim que nela cresceu a flor,
e o Filho de Deus
no secreto mistério dela
aurora resplandeceu.
.
Por isso o doce gérmen, seu próprio Filho,
através da clausura do seu ventre
o paraíso abriu.
E o Filho de Deus
no secreto mistério dela
aurora resplandeceu.


*Poema de Hildegarda de Bingen traduzido por J. Félix de Carvalho e José Tolentino Mendonça

sábado, 12 de junho de 2010

O Vento e o Homem


Onde vais tu?
Perguntou o Vento ao Homem

Vou realizar as minhas tarefas.

Que tarefas são essas que te distraem do momento?

São tarefas importantes, pois sou um homem ocupado e tenho responsabilidades para com a Vida.

Também eu tenho tarefas, o meu sopro a todos alcança, transporto sementes nas minhas asas, viajo por entre continentes montanhas e vales, acaricio os pobres e os ricos, dou frescura a todos aqueles que o sentem.
E no entanto Vivo em todo o momento, estou presente em todo o instante, vivo a magia do “EU sou” Vento.

O Homem baralhado pausou, e de seguida disse:
Sim, mas temos que nos preocupar em atingir os objectivos, tal como tu vento.

Em nada me preocupo, pois a minha voz é o meu sopro, quando faço, faço por gosto, assim é a Vida que em mim Vive o momento, o reencontro.

O reencontro? Perguntou Homem

Sim o reencontro comigo mesmo, a Vida e o momento são ambos UM. Um momento único exclusivo original e criativo o qual se dá o nome de reencontro.

Mas em nada me adianta esse reencontro, quando tenho fazeres a realizar. Disse o Homem

Esse reencontro é o reencontro contigo mesmo, é a alegria e a Liberdade de te puderes libertar. Libertar de um sonho que te distrai da Magia que é acordar~
Acordar para a Vida, a Vida que em ti em mim e em todos que está a sonhar. Pois eu Vento, sou tu e tu és EU, UM em toda esta manifestação divina que se está representar.

Acordar dentro do teu sonho, é acreditar que a Vida existe para se contemplar, para Viver a Magia do momento e com isso acreditar, acreditar em ti mesmo, no teu coração na felicidade que a Magia da Vida têm para te dar. É reconhecer que não sabes o dia de amanhã mas estás disposto em aceitar, que tudo acontece com um só objectivo o de te fazer acordar, acordar para o sonho que és tu que estás a sonhar. Deixares assim de te preocupar entregar o teu desassossego á Vida, seres humilde honesto e admitires á Vida que ela têm algo para te mostrar. E com isso dar espaço e tempo ao momento, de forma a que também tu possas contemplar.
Viver a Magia de Seres quem “ÉS” a Vida que agora em ti também sente vontade de despertar.

O Homem riu-se. O seu sorriso e o sorriso do vento se uniram e Jubilaram neste encontro que a Vida se lembrou de proporcionar.
De mãos dadas Viveram para sempre o momento a VIDA vivendo a VIDA...
O reencontro..
O despertar.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A mente e o lanirinto


Em tempos a mente se perdeu.
Sem saber bem o que fazer tentou encontrar o caminho de volta.
Confuso, angustiado, por vezes triste a mente se encontrou muitas vezes encurralado.
Como se num labirinto se encontrasse, perdido e atrapalhado.
Foi então que pausou sobre si mesmo, e atento agora aos seus pensamentos conseguiu ver todo o fundamento.
O Labirinto que julgara estar, era criação sua um mero pensamento que optou por acreditar.
Incrível como podia a mente se ausentar, para isso bastava o acreditar que a Vida era algo mais que o momento onde tudo se está a realizar.
Pensado no passado ou no futuro a Vida distraiu-se da sua essência, o palco de toda a sua existência.

Só podes te encontrar no momento, e verás que a Vida é simples. Que a confusão e o sentimento de quem em tempos se perdeu, nasce apenas de um acreditar, que assim foi em tempos possível e com isso materializar.

Mas a Vida é mais… Muito mais que o materializar. É a Consciência que nos está neste momento a Observar, é o teu íntimo que na mente deixou de acreditar. Para agora reconhecer o espaço e a vontade que nasce de forma genuína, dentro do teu pulsar.

Viver Feliz, está em sair do Labirinto, que a mente em tempos assim desejou criar. Acreditar que a Vida é difícil, confusa e triste, é estar preso no labirinto que é acreditar, nessa mesma “realidade” que a Vida em si em mim e em todos um dia se lembrou criar.

sábado, 29 de maio de 2010

A Vida é pura simplicidade


Dizer que a Vida é pura simplicidade é para muitos, inconcebível. Pela simples razão que a Vida que experienciamos demonstra-nos o oposto. São muitos os que vivem uma Vida de preocupação, angustia, tristeza, incerteza, enfim uma vida de altos e baixos, onde a felicidade e a tristeza são compostos por momentos efémeros. Um constante reboliço de situações, onde a Vida aparenta ser tudo menos simples.

Mas para falar em simplicidade, é necessário reconhecer e com isso saber o seu real significado. O que significa simplicidade?
Diz-nos o conhecimento que simplicidade é sinónimo a uma Vida simples ou simplicidade voluntária, um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação.

Por outras palavras a Simplicidade remete ao momento, a este momento onde o que acontece, acontece de forma esporádica livre criativa e espontânea.

Se olharmos para o momento, e tudo o que nele está presente, veremos que a Vida é esta pura simplicidade.
Tudo o que possamos alegar como complicado, surge em forma de pensamento, um pensamento que têm a sua raiz na experiência passada, numa mente que vivenciou em tempos uma experiência e que agora teima em evidenciar, neste palco que serve a VIDA...
Que “É” este momento.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O sistema actual no Mundo e a Mudança do mesmo




De facto tudo na Vida Muda, a Vida é pura Mudança. Porém os tempos que se avizinham mostram-nos sinais de uma mudança em escala, uma mudança que irá mudar o sistema actual de forma definitiva.

O sistema que actualmente o Homem utiliza para gestão e funcionamento das sociedades no Mundo está entrar em colapso, os pilares que se construíram em prol de uma sociedade moderna, foram construídos em solo movediço, e a sustentabilidade do mesmo está a mostrar os primeiros sinais evidentes de ruptura.

É em base e fruto de um passado que o sistema actual existe. Toda a história usufruiu e experimentou as directrizes em tempos delineadas de como viver a vida em sociedade.

A História mostra-nos também que o seu exercício no passado nem sempre foi em benefício do colectivo mas sim de uma pequena parcela. Prova disso foram as inúmeras guerras que se travaram em prol do poder que por sua vez dizimaram milhões de habitantes. Outro factor óbvio e claro que acompanhou toda a história deste sistema económico e social foi o desequilíbrio que o mesmo reflectiu na Vida de todos aqueles que habitaram este Planeta, classificando e rotulando assim a sociedade em estratos sociais, tais como: “Classe alta, classe média, e classe baixa”.
O elevado índice de Pobreza num Mundo que se auto classificou como um Mundo Moderno sempre existiu, e o sistema parece nunca ter conseguido fazer frente a resolução do mesmo.

A competição foi também adoptada como um parâmetro normal e funcional no sistema actual. A verdade é que, o conceito de competição significa aniquilação de uns em prol da mais-valia do outro.
O sacrifício também este, um conceito deveras enraizado na mentalidade do Homem, é também uma forma de viver a Vida que não serve á Vida, pela simples razão que o mesmo implica a acção de esforço em prol de um ganho, um esforço que têm conduzido o Homem a uma Vida intitulado por muitos como sobrevivência.
Como se isto não bastasse temos ainda os problemas de saúde que se agravam a olhos vistos, desde cancro a doenças psicológicas, elevadas taxas de suicídio, violência doméstica, enfartes, stress, etc.
Enfim todos os sectores sociais, saúde, ambiente, economia, demonstram de uma forma outra, deficiências, fruto de um sistema que já não serve Vida.

São estas e muitas outras razões que apoiam o inevitável, a Mudança de um sistema para outro.

Hoje os noticiários falam-nos do aperto na economia, da necessidade de fazer mais e mais sacrifícios, perante uma sociedade que está á beira de um ataque de nervos. São já visíveis os primeiros sinais desta era de mudança, com Países que mostram uma revolta perante um sistema que já nada mais consegue oferecer.
Os défices são cada vez mais elevados, o endividamento parece não abrandar, e as preocupações em controlar o mesmo aumentam.

Se olharmos para o Mundo de forma muito simples, como se de um jogo se tratasse, veremos que o sistema está delineado ao fracasso, isto porque o objectivo favoreceu a separação a desigualdade entre a Vida.

Imaginemos que o jogo em questão têm apenas 3 jogadores, o rico o médio e o pobre, inicialmente todos possuem dinheiro para jogar. Mas lentamente um perde e fica sem dinheiro, fica assim fora do jogo, pouco tempo depois um segundo jogador perde, e também ele fica fora do jogo. Permanece apenas um jogador em jogo, que agora está sozinho e não pode jogar mais. Assim está o Mundo.

A globalização é de facto a União de todos, uma união que acabará por se realizar, mas só após o fim do jogo.

Toda a história, todo o jogo, serviu apenas um só propósito, o de experimentarmos a Vida, pois a Vida é isso mesmo Pura experiencia, onde tu eu ele e todos validamos o que serve ou não á Vida.

Hoje inúmeros perguntam de forma céptica como mudar, como fazer esta mudança? A resposta está em aceitar de forma Consciente, estando mais Conscientes de quem somos como VIDA.

A Vida é sinónimo de abundância, o ar que respiramos, o sol que nos ilumina, a água que nos limpa, enfim a natureza que floresce, é de extrema riqueza, tudo se transforma tudo muda. Aceitar a Mudança é seguir o seu Coração, é não oferecer resistência, nem culpabilizar o próximo, é sim SER o exemplo, e com isso procurar dentro de si o que o faz Feliz.
Que profissão que tarefa quer você realizar neste Novo sistema, neste Novo Mundo? Que já nasce aos olhos e pelas mãos de alguns.

Esses “alguns”, são pessoas que fazem-no simplesmente porque o velho já não os serve, fazem-no porque seguem o Coração, são genuinamente Felizes a faze-lo, fazem-no porque sabem que é na simplicidade e no Amor com que o fazem que está a Felicidade.
Verá que aquilo que o faz Feliz é Criação, é partilha para com o todo. Em tempos Agostinho da Silva disse: O Homem não nasceu para trabalhar ele nasceu para Criar.
O Novo Mundo, o Novo sistema é um sistema de auto sustentabilidade de Criação Originalidade e genuinidade, onde a solução aparece de forma livre e espontânea. Porque a Vida em si assim acreditou assim permitiu.

São inúmeros os sinais deste Novo Mundo que surgem de forma muito subtil em todo Mundo. Como a Flor de Lotus que nasce em pleno pântano, assim é a Vida neste Planeta, o Novo Mundo está assim a nascer de forma embrionária, novas soluções alternativas estão já em andamento.

Está já em curso um movimento intitulado “Cidades em transição” que visam transformar as cidades em ambientes sustentáveis, menos dependentes do petróleo e mais integrados à natureza. Veículos movidos a AR, Gás, Biodisel, Eléctricos, Energia Solar são já uma realidade e a futura geração a ser comercializada. Eco aldeias, eco projectos, eco quintas, permacultura, etc. Estas e muitas outras iniciativas são hoje uma realidade.


Uma realidade que irá mudar o Mundo para sempre, e onde o líder do mesmo será a “Consciência da Vida para com própria Vida”.

domingo, 9 de maio de 2010

Por entre a Tristeza e a Felicidade


Por entre o alto e o baixo, o triste e o feliz, o saber e o não saber, o longe e o perto, a duvida e a certeza. Existe o Equilíbrio.

Existe o imutável o eterno momento que “É” você.
Tudo o que possamos alegar, experimentar ou por e simplesmente sonhar, possui uma Consciência, “algo” em si em mim em todos que tudo sabe tudo testemunha tudo Observa.

Vivemos uma Vida num carrossel onde a subida antecede a descida, onde a musica a gritaria e a confusão se instala, não nos permitindo assim vislumbrar a Magia que é o momento, a Criação.

Onde está o Equilíbrio em toda esta agitação? Uma sociedade mergulhada em pensamentos que a conduz a um destino de agitação. Parecemos estar perdidos num Carrossel sem orientação, esquecemo-nos que somos Vida e que a experiencia que vivenciamos é da nossa exclusiva Criação.

Uma Criação inconsciente de quem escolheu ignorar o Coração, em vez disso deu ouvidos a uma mente que está perdida stressada e dispersa pela confusão.
Vivemos num Carrossel chamado tempo que é uma mera ilusão, perdidos no futuro ou iludidos com o passado, esquecemos o Presente o único e Real momento, onde a Vida se conhece como sendo a sua própria Criação.

Falo das Árvores, da chuva, do Sol e da Comunhão, das montanhas dos rios dos mares e a sua União. Falo do alto do baixo, do longe do perto, da duvida da certeza, de mim de si, de tudo que possamos vislumbrar, imaginar e contemplar.

Parar no tempo e reconhecer a Criação é aceitar-se a si mesmo como Vida que “É” sem separação. Pois somos todos frutos desta magnífica invenção, onde a Vida se inventou a ela própria, com apenas uma intenção, o de Sermos Felizes Aqui e Agora neste Momento sem hesitação.
Pois é saltando fora do Carrossel que está a verdadeira Vida que é viver em comunhão. Paz Alegria e Celebração, simplesmente SER feliz essa foi sempre a verdadeira e única intenção.

domingo, 2 de maio de 2010

Porquê estar Presente


Entender a Vida sem se compreender a si, é ignorar a Vida que vive em si. Julgamos saber e entendermo-nos a nós próprios, mas é esse julgamento esse pensamento o qual acreditamos que nos conduz e nos leva a criar a realidade que nos circunscreve.

Porque razão o exterior muitas vezes não nos satisfaz? Porque razão a vida aparenta muitas das vezes não fazer sentido? Sofremos preocupamo-nos e aguentamos aquilo que julgamos que temos que aguentar, sempre em prol de algo, algo que não correspondeu às nossas expectativas.

Se existe algo que não funciona na nossa vida, que não corresponde às nossas expectativas, um namoro um negócio um encontro um amigo um familiar ou apenas a conquista de algo, que não foi de encontro á nossa vontade, e que por sua vez nos conduziu á desilusão á tristeza mágoa ou apenas o estado de aborrecimento para com o sucedido.
O mesmo se deve a algo que desconhecemos, existe assim um estado da Vida em todos nós que se ignora a ela mesma.
Se somos Livres na totalidade, se somos criadores da nossa realidade, porque razão criamos nós situações de sofrimento tristeza mágoa e aborrecimento? Fazemo-lo porque existe um lado inconsciente da Vida em nós para com a Vida. Um lado intitulado por muitos como a “ilusão” o estado sonâmbulo onde homem se julga separado do todo, e por consequência carente de algo mais na Vida.

A Criação Consciente não parte do “eu” de quem julgamos SER, simplesmente porque a Vida em si não é um Julgamento nem um pensamento, mas sim a Consciência da mesma.

Então é nos legitimo questionar como fazer, ou o que fazer para não sofrer, para não criar e compactuar com uma realidade inconsciente?
Estando Presente, estando Atento a si mesmo, Observando-se, Contemplando-se, meditando. Toda esta perspectiva, toda esta acção requer apenas a tomada de Consciência para consigo no momento, saber o que está pensando, porque está pensando, o que está julgando porque está julgando, o que está sentindo e porque está sentido.
Enfim é esta tomada de Consciência que o conduz ao discernimento de como funciona a Vida em “si” verá que é a credibilidade inicial por si dada a um pensamento que desencadeou toda a situação. A Compreensão do mesmo ser-lhe revelado por experiência própria, simplesmente porque você assim o permitiu deu espaço a si mesmo, validando o que só você pode validar por si mesmo.

O seu exterior é o reflexo do seu interior, a vida corresponde fielmente naquilo que acredita.

Estar Presente, atento si mesmo é um acto que só se justifica quando a Vida em si está triste e aborrecida. Nesses momentos a Pausa no tempo, o estar Presente e auto Observar-se requer atenção sobre a Vida que á em si.

Todo este processo é de facto um processo. A semente não germina de um momento para outro nem a Nuvem se forma num instante, tudo na Vida possui uma evolução uma criação um estado mágico contínuo de auto Criação.

sábado, 1 de maio de 2010

Mãe...




Mãe…
Não abandones nunca os teus filhos
Deixando-os á mercê das suas vontades
Aos excessos das suas insubordinadas liberdades
Ao desleixo dos valores das suas identidades
Chamai por eles!
Lembrai-lhes que tu Mãe…
O extraordinário milagre da vida a todos eles
Tu, tão generosamente lhe ofereceste
Sem que por isso tenhas-te alguma vez arrependido
Lembrai-lhes a felicidade que tiveste
Por a este nosso mundo teres oferecido
O mais belo dos seres que nele já tenha existido
Mãe…
Perdoa todos aqueles teus filhos
Que tão rapidamente se esqueceram…
Da tua tão valiosa dádiva
Aqueles que por ti nada fizeram
Pouco se importando que estejais morta ou viva
Perdoai-lhes Mãe…
Até porque eles também envelhecerão
E quando isso acontecer
As suas memórias a todos eles obrigará
A lamentarem as suas tão ingratas formas de ser
Mãe…
Não deixes nunca de o ser
Não deixes nunca…
De o milagre da vida conceber
Do teu imenso calor humano gerar
Do teu infinito amor maternal oferecer
Dos teus sábios concelhos dar
De todos os teus filhos proteger
De todos os teus filhos perdoar
De todos teus tresmalhados filhos acolher
Mãe…
Serás sempre a nossa Mãe
Mesmo que alguns de nós
Ao nosso lado com vida não te possa ter
Mesmo que alguns de nós
Tenham-te ainda com vida mas de ti…
Pura e simplesmente, nada querem saber.


(Para todas as mães do mundo em especial à minha, e à mãe dos meus dois queridos filhotes.)

Dia da Mãe 2-5-10 (Portugal)



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A-Soares (apollo_onze)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Não sou eu...




Não sou eu…
Quando… aos deuses do amor imensas vezes exclamo
para intercederem a favor de uma linda e sincera paixão.
Quando… noite e dia, outras tantas, eu também reclamo
para que alguém, atenue a dor, deste dilacerado coração

Não sou eu…
Que… aos mais requintados sonhos adora se render
para neles, alguém tão especial, poder de verdade amar.
Que… das correntes do passado teima não se desprender
Receando que o futuro, igual paixão não lhe venha a dar

Não sou eu…
Que… no embalamento da lua costuma tão feliz adormecer
acreditando nos teus acolhedores braços estar a ser embalado.
Que… aos matinais raios de sol, costumo meus beijos oferecer
julgando teus ardentes lábios eu, estar-te na realidade beijando

Não sou eu…
Aquele… que um dia, o teu lindo rosto nos céus irá desenhar
com densas e púrpuras nuvens, que irão brotar deste meu peito.
Aquele… que lindas palavras de amor te irá sempre sussurrar
a cada teu acordar, a cada teu adormecer, no teu íntimo leito

Não sou eu…
Que… em mim, um há muito, adormecido vulcão tenta despertar
para as suas ardentes brasas de infindável paixão teu corpo incendiar.
Que… um leito de pétalas de rosas perfumadas, tem-te reservado
para nele, convulsivamente nos amarmos, por tempo indeterminado

Não sou eu…

O simplório poeta… por uma bela musa perdidamente apaixonado
escrevendo suas prosas e versos com uma obsoleta pena de pavão.
O tal poeta… em tempos, por essa musa definitivamente enfeitiçado
e que a mesma, que acabará por vir a ser a sua fatal perdição

Não sou eu…

A alma errante… deambulando pelo árido deserto da solidão
procurando esperançosamente, um verdadeiro sinal de ti, amor.
A alma despojada… procurando lutar contra à estúpida resignação
tentando recuperar fragmentos do passado, seja a que preço for

Não sou eu…
Que penso, digo, ou… escrevo estas sentidas e desalinhadas palavras.
E não sou porque… na verdade, ao ter que reler cada uma delas
irão abrir-se diante de mim, algumas idílicas mas, tão íngremes janelas
as quais eu…infelizmente, não conseguirei saltar para o interior delas!

“Amar é… ter tudo e nada ter ao mesmo tempo. É… cegamente acreditar, que o nada pode quiçá, vir a ser tudo… a qualquer momento.” (apollo_onze)

Imagem by net Google

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Por entre Montanhas...


Por entre montanhas viajas tu e eu, Luz e sombra fazem parte do caminho. O Sol visita-nos momento sim momento não, o algodão doce das nuvens os picos das montanhas e o verde das árvores oferecem nos a sombra que nos refresca nesta caminhada que chamamos de Vida.

Por vezes perdidos sentimo-nos sem sentido, baralhados com um tempo que teima em nos acompanhar, esquecemo-nos muitas vezes que a Vida existe para se contemplar.

É então que no momento de pausa, o momento que antecede a confusão. Que eu e tu, simplesmente nos rendemos á Vida sem tempo sem ilusão, ao eterno Aqui e Agora. Um momento sagrado onde o tempo sucumbe face ao vazio e ao espaço que a Vida nos apresenta como única solução.

Assustados e sem controlo sobre a situação, finalmente cedemos ao vazio que nos assola sem motivo algum. Apenas o de mostrar o que a muito nos esquecemos, a Vida é este momento onde o tempo é um filho que se preocupa sem razão.

Somos então nós, eu e tu que despertamos para a vontade inata do Coração, o de SER assim feliz e acreditar numa Vida que não é em vão. Mas sim a Vida que acredita na Vida e na capacidade de Criação.

Por entre as montanhas os obstáculos mostraram-nos a raiz da sua manifestação, a crença nos mesmos foi sempre da nossa exclusiva Criação.
Aprendemos finalmente a lição que a Felicidade está no momento, o de seguir o Coração, não mais preso por obstáculos ou por crenças que viajam no tempo e que nos distraem da Realidade que é viver a Vida em comunhão.
Uma comunhão com o todo com a Magia que é Viver a Criação, o momento único e Original o de simplesmente SER feliz, pois foi apenas esse o propósito de toda a Criação.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quando o Obvio nos passa ao lado


Na maioria das vezes o Obvio deixou de ter importância, talvez por isso mesmo por ser demasiado Obvio. A simplicidade do mesmo deixou de ser relevante para a Vida do Homem.

Saber que ontem já passou, que o amanhã ainda não chegou e que a Vida apenas Aqui e Agora se manifestou, deixou por e simplesmente de Ser relevante, porém esta é a única e válida Realidade de todos nós.

Neste momento você lê estas palavras, e no momento a seguir a Vida dirá o que acontece.

É realmente no Presente momento que a História das nossas Vidas se desenrola, é no momento que você grita, chora, pula, vai dormir, escreve, lê, está feliz, está triste, come, brinca, acredita, não acredita, etc.
Enfim o Obvio é que a Vida só pode existir no momento, tudo o que acontece na sua Vida acontece no momento. Ninguém pode ausentar-se do momento, excepto quando morre, porém é nos possível esquecer e ignorar o momento.

Como será isso possível, esquecer o momento? Pela simples razão de vivermos em prol do tempo e não do momento. Ora estamos sempre pensando no amanhã preocupados como fazer e o que fazer, ora estamos arrependidos revoltados angustiados ou apenas saudosos com um passado que já não volta.

Enquanto isso, a Vida está acontecendo ela não pára, este momento que intitulamos como Presente não deixa de existir, simplesmente porque só o Agora existe só ele é Real, Você nasceu aqui no momento e irá morrer no momento.

A questão que julgo SER de alguma importância é. Se sabemos que o momento é a única Realidade, o que escolhemos nós fazer com ele?

Escolho eu ignorar o momento, e com isso viver em prol dos pensamentos, sempre pensando no amanha nos erros do passado ou nas saudades do ontem. Ou escolho eu hoje aqui e agora escrever estas palavras, e exprimir o que a Vida em mim pretende exprimir.

Amanhã quando chegar o momento, posso optar por beber e saborear um café de manhã, enquanto isso o riso de uma criança me conforta os ouvidos, em simultâneo contemplo a Luz do dia que me aquece a face de forma genuína e original, tudo isto porque simplesmente tudo no momento muda tudo é único e Original.
Ou então acordo de manhã preocupado com os telefonemas que tenho que realizar, os faxes que tenho que enviar, a encomenda que tenho que fazer e a reunião que tenho que marcar.
Enquanto isso, tudo no momento está a passar, o sabor do café que bebi sem provar, o riso da criança que não notei porque estava a telefonar, e por fim a luz do dia que ignorei simplesmente porque a preocupação estava na encomenda que devia enviar.

Todos temos uma Vida e um sonho a realizar, SER feliz é um estado que se encontra no momento e não no pensar.
Viver Aqui e Agora o momento não é ignorar, nem tão pouco é virar costas aos objectivos que amanhã se propôs em realizar. Viver o Aqui e Agora é saber que tudo têm o seu Lugar, espaço e tempo,
no momento e apenas no momento
que a Vida em si se lembrou de proporcionar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tudo é válido


Tudo na vida é válido para própria vida. Contudo tendemos frequentemente a criticar julgar ou por e simplesmente reprovar os actos dos outros e o acontece no Mundo a nossa Volta.

Porque razão será tudo válido para a Vida? Apenas porque a Vida tudo concede tudo aceita, essa é a verdadeira Liberdade que a Vida concede a ela mesma.

O facto de ser válido não significa que o mesmo seja prático e funcional na Vida de cada um de nós, a sua validade vale o que vale, apenas isso. O valor atribuído á experiencia é um valor legítimo que cada um pode atribuir, e de facto cada um de nós assim o faz.

Podemos dizer que tudo é válido, isto porque a Vida por e simplesmente têm vindo a experimentar-se a si mesma, a Vida “É” assim pura experiencia.
Uma experiencia que após realizada pode ou não servir a Vida. Por isso mesmo o Passado é fundamental para a Vida, para evolução da mesma.

O Homem a Vida constata assim por experiencia e validação própria o que serve ou não a Vida. O “erro” que no passado fizemos, a mentira o medo a angustia a tristeza a revolta, são todos eles frutos da experiencia que a Vida concedeu a si mesma. Não existe outra forma pelo o qual a Vida possa SER simplesmente Livre.

O seu julgamento e opinião sobre estas palavras são prova disso mesmo, a Liberdade da Vida existente em si, concede isso mesmo.

Compete a cada um rever e analisar, o que serve ou não a Vida existente em si. Serve vivermos em guerra, em cobiça, em confronto, em revolta, em angústia, em tristeza?

Somos e fomos sempre nós quem ditou a nossa felicidade, nós fomos sempre os responsáveis e os últimos a estipular o que nos entristece e o que nos faz feliz.

Viver de forma Consciente é olhar para um passado que existiu, mas que hoje não é real, pelo simples facto que já passou. É saber por experiencia própria que os momentos e as experiencias passadas, serviram um propósito maior, o de estar “Agora” mais Consciente, e apto de fazer escolhas mais sábias.
Tal como criança que acende um isqueiro e se queima, a experiencia dita que o mesmo não serviu a Vida que nela existe. A criança opta assim por não voltar a experimentar o mesmo.

Assim “É” a Vida quando Consciente dela mesma. A evolução é o largar o passado, para dar lugar ao Novo, para voltar a sermos Crianças com curiosidade de experienciar a genuinidade e originalidade da Capacidade Criativa que a Vida permite a si mesma.

Por fim a Vida revela-nos que nada adianta julgar criticar um passado que já passou, uma experiencia que serviu um propósito maior, o de SABER o que serve ou não a VIDA.
Neste momento o Homem a Vida em nós, após toda uma história percorrida pode finalmente questionar-se. Posso EU viver de forma diferente? Posso EU acreditar no Novo, na curiosidade de acreditar em mim mesmo, e com isso SER criança.
Seguir o meu Coração e com isso SER o exemplo do que pretendo para a minha Vida.

O que serve para mim? SER feliz? Como sê-lo? Sendo e fazendo o que me faz feliz. Seguir a vontade que em mim reside que vibra e me faz feliz. SER musica e com isso partilhar a minha música, SER pintor e partilhar as minhas pinturas, SER inventor e partilhar as minhas invenções. SER um SER Feliz é acreditar no seu intimo e seguir o seu Coração sendo assim o exemplo para com o Mundo, que você está disposto a Criar e partilhar.

Ter Amor pela Vida é também compreender a Vida. Mesmo sabendo que são inúmeras as coisas no mundo que não fazem sentido.
Pois é na humildade e no reconhecimento que “não sabemos” que o espaço ao Novo em si surge.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Peço perdão




Peço perdão…

Por talvez, humano eu ter nascido

E assim a imaculada perfeição

Jamais preencher a maior parte de mim.

Sim! Já quantas vezes, eu tenho sido surpreendido

Por alguns actos irreflectidos que nasceram dentro de mim

Dos quais, eu me envergonho por deles me ter servido.

Mas de nada serve, nem nunca me servirá este meu pejo

Pois a culpa está, em eu na verdade ter nascido assim

Destinado a subverter os bons princípios do meu subalterno desejo


Peço perdão…

(E pese embora todos os meus defeitos)

Se o bom que também existe dentro mim

De pouco ou nada positivo, a alguém alguma vez serviu

Embora eu saiba que existe alguma pureza enraizada em mim

Mas a mesma, nem sempre conseguiu produzir úteis efeitos

Principalmente quando certos defeitos, alguém em mim já viu

E alguns mesmo sabendo que eu não passo de um comum mortal

Raramente deixam de duvidar das minhas boas intenções

Com as quais eu visto tão solenemente o meu lado sentimental

Aquele lado, incapaz de ferir ou se aproveitar de fragilizados corações.


Peço perdão…

Por irracional eu não ter nascido

Talvez assim… ninguém de mim duvidaria ou criticava

Esta minha repreensível e genuína humana forma de ser

Talvez assim… eu a tudo isto jamais alguma vez atenção prestava

E certamente os meus atribulados dias, logo pacatos, passariam a ser

Deixando eu de os outros ferir ou… porque não, por eles também ser ferido.


Peço perdão…

E afinal… só e apenas a mim próprio

Por quiçá, eu injusto comigo mesmo estar neste momento a ser

Pois no meu intimo até sei que eu de todo posso não ser um simplório

Mas cruel ou ardiloso, eu tanto nunca o fui, nem faço intenções de o vir a ser!


“Por muito grande que seja o nosso guarda-chuva jamais o mesmo evitará que, algumas gotas de chuva acabem por nos vir a molhar.” (apollo_onze)


Escrito em Herning (Dinamarca) 23/03/10

Imagem by net Google


A-Soares (apollo_onze)


domingo, 4 de abril de 2010

É PÁSCOA...




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É Páscoa, ainda e sempre, Também!

Ontem, como hoje,
Deus continua falando.
No silêncio, talvez...
Nos gritos de desespero, de indignação, de vitória...
Certamente!

E fala ainda pela boca das faladeiras
(Em quem não se deve acreditar?)
Mulheres, negros, índios, menores, sem-terra, sem-teto, sem-emprego...
E fala na língua das minorias (maiorias?)
Não na língua universal, correndo o risco de desaparecer
(Mas ousa correr esse risco!)

Fala daquilo que não se encontra nem se entende
Nem nos shoppings,
Nem nas bolsas de valores,
Nem no FMI
(Mandam no Brasil).

E fala de muitos modos:
Com ternura (bem-vindos, contem comigo, coragem, sê forte, não desanime...)
Com indignação (ai de vós, afastai-vos, malditos...)
Com desespero (por que me abandonaste?...)
Chorando (sob o cálice amargo no horto...)
Calando (na cruz...)
Emocionado (Ele não está aí, RESSUSCITOU!)

Fala de exílio e êxodo (sim, êxodo também!)
Fala do banquete (não o “real”, mas o popular)

Fala da comida (que sacia e faz viver a todos/as)
Fala da festa (enlutada, é claro. Afinal, muitos continuam crucificados)

Fala da roupa da festa (perseverança, ânimo, coragem, resistência, teimosia...)
Eis que a noite é longa, mas o gozo, eterno.

Fala da receita (não a do mercado neoliberal, mas a da solidariedade global e globalizada!)

Fala a(o)s cozinheiro(a)s: “vocês são meus filho(a)s muito amado(a)s”!

Fala a(o)s convidado(a)s: “venham, vocês que são abençoados”; recebam como herança o reino desde sempre preparado para vocês”!

É PÁSCOA! (Hoje, como sempre!)


© Francisco de Aquino Júnior

Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil



Pensei em escrever uma mensagem de Páscoa aos amigos do blog, a todos os leitores seguidores e a quem aqui chegar, mas descobri na Internet e coincidentemente é da minha cidade natal, uma mensagem de um poeta, que apesar de não o conhecer, me identifiquei muito com sua maneira peculiar de trazer a Páscoa para o nosso dia-a-dia!


Que sejamos felizes hoje e sempre nesta Renovação espiritual da fé, nos fortalecendo a esperança de novos dias, com muito amor, solidariedade, amizade em todo o mundo!


Santa Páscoa a todos!


Abraços


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sábado, 3 de abril de 2010

As Vezes...

As vezes…
Aqueles nossos sonhos dourados
Torna-se tão longínquos e inalcançáveis
Deixando-nos tão inúteis e desalentados
Transformando-nos em autênticos seres miseráveis

As vezes…
Alguns de nós são a parte fraca que sofre da maldade
Por parte de alguém despido de toda a dignidade
Que vai saciando impunemente a sua estúpida agressividade
Em alguém que não ousa se libertar da sua sofrível passividade

As vezes…
Entre a crua infelicidade e a felicidade pura
Existe um muro de um frágil vidro a nos separar
Não fora a falta de coragem para simplesmente o derrubar
E a vida de alguns deixaria de ser tão cruelmente dura

As vezes…

Se pensarmos bem… valerá sempre a pena o tal caminho procurar
Por muito longínquo que esteja aquele sonho não devemos dele desistir
Dizer basta! E não ter medo dos nossos agressores enfrentar
Atravessar determinado o muro de vidro sem ter medo de nele se vir a ferir

As vezes…
Eu pretendo apenas certas mentes adormecidas despertar
Numa tentativa muito séria de todas elas vir a consciencializar
Que a violência domestica (entre outras) não para de aumentar
Por isso conto com todos vocês para este flagelo em voz alta aqui condenar!



BASTA! DIGA NÃO Á VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.