sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Um nome de mulher...

.........Esta palavra tem garganta e voz. Levanta cedo, estica a folha, prende os cabelos, vai. E tem café, resolve o almoço e sai. Tem coração; é um PC, um HD de 1 Terabite. O pão, o beijo e a ternura tem histórias bem vividas, são 4 Gigas. Arquivo bom. São livros velhos. Tem Kerouac, Beatles, montanha russa... Agora corre. O trânsito é lento. Olha o relógio e lembra galos nos quintais e sua avó.Lá vem o tráfego. E passa tudo na cabeça, ela acelera e grita: OLHA O CICLISTA! A música é linda! No som do carro é a voz da Katie Mellua. Repete a música, desacelera e para. É o sinal. Agora o cérebro está um caos. É tanta coisa...é muita coisa. E tem ovários, sim. Ela é um dínamo. Um quase velox – velocidade 6 Mpbs.... O carro é velho mas ela chega. E veste aço e pedra prá enfrentar. Mas ela ama. O átrio chora. Ela sorri, engole o choro e escuta. E essa palavra - CÁLICE, implode a alma. Fala prá dentro e prende um grito na garganta. E sai de novo e haja pedra e vida. Vai ao cinema, escolhe um filme e chora o dia em uma cena. E chega tarde. Ela é mulher e sangra. Sangra suas guerras surdas, quando ela cala. Mas tudo sara quando beija o homem. Disfarça o dia, relaxa o corpo e limpa a pele em banho e espuma. Agora desce, esquenta a janta e ouve a outra voz. Lembram dos filhos e da família...Agora lava, tem detergente biodegradável e seca a louça, as mãos e o sangue desse dia. Agora o grito. E em silêncio essa garganta escreve a voz da integridade. Ela elabora a sanidade da loucura. Arquiva tudo e limpa as teias. Agora o espelho, um hidratante, pele macia... Está bonita, ela respira, solta os cabelos, vira fêmea e ama. E neste fica. E ele também... Esta palavra tem um nome e vive... Eu minto! Minha garganta, não. Hoje é domingo.

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