domingo, 24 de maio de 2009

CRIATIVIDADE É SER POSSUÍDO POR DEUS

A criatividade significa simplesmente que você está em estado de relaxamento total. Não significa inação, mas sim relaxamento - porque, com o relaxamento, ocorre muita ação. Mas isso não é obra sua - você é apenas um veículo. Uma melodia começa a ecoar por seu intermédio - você não é o criador dela, ela vem do além.
Ela sempre vem do além. Quando você a cria, sua criação não vai além do ordinário, mundano. Quando ela vem por seu intermédio ela tem beleza sublime, traz em si algo de desconhecido.
Quando o grande poeta Coleridge morreu, ele deixou milhares de poemas inacabados. Frequentemente perguntavam a ele: "Por que você não termina esses poemas?" Pois a alguns faltavam apenas algumas linhas para serem terminados. "Por que você não os termina de compor?
"Ele respondia: "Não posso. Eu tento, mas quando termino de compor, parece faltar algo, alguma coisa parece estar errada. Minha linha nunca se harmoniza com a que flui por meu intermédio. Ela se me torna um tropeço, uma rocha, e impede-lhe a fluidez. Assim, tenho que aguardar. Quem quer que tem fluído por intermédio de mim, quando ele começar a fluir outra vez e completar o poema, ele estará terminado; antes disso não."
Ele terminou apenas uns poucos poemas. Mas eles são de sublime beleza, de grande esplendor místico. Sempre foi assim: o poeta desaparece, a criatividade aparece. Nessa ocasião, ele é possuído. Sim, essa é a palavra, ele é possuído. Criatividade é ser possuído por Deus.
Simone de Beauvoir disse: "A vida se ocupa com a própria perpetuação e a superação de si mesma; se tudo que ela faz é manter a si mesma, então viver é apenas não morrer." E o homem que não é criativo está apenas não morrendo, só isso. Sua vida não tem profundidade. Sua vida ainda não é vida, mas apenas um prefácio; seu livro da vida ainda não começou a ser escrito. Ele nasceu, é verdade, mas ainda não está vivo.
Quando você se torna criativo, quando permite que a criatividade flua por intermédio de você - quando você começa a cantar uma canção que não é sua, que não pode assinalar nem dizer: "Ela á criação minha"; sobre a qual você não pode apor sua assinatura - então a vida cria asas e desfere voos.
Na criatividade está a superação; de outro modo, nós podemos continuar, no máximo, a nos perpetuarmos tal como somos. Você cria uma criança - isso não é criatividade. Você morre e a criança fica para perpetuar a vida, mas perpetuar-se não basta, a menos que você comece a superar a si mesmo. E assa superação só ocorre quando algo do além entra em contato com você.
Esse é o ponto de transcendência - superação. E, na superação, o milagre ocorre; você não existe, contudo, pela primeira vez, você existe.
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Osho, em "Criatividade - Liberando Sua Força Interior"
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Ferina*izil*

TOLERÂNCIA

TOLERÂNCIA

Tolerância. Ah... como é difícil colocar em prática a essência dessa palavra.Por que é tão difícil tolerar que alguém entre na frente de nosso carro no trânsito? Por que é tão difícil tolerar quando alguém comete um engano? Tolerar as características de quem convive conosco. Tolerar um atraso. Um esquecimento. Um erro. Tolerar as diferenças. Tolerar as frustrações. Tolerar as falhas humanas. Tolerar a nós mesmos.Pense nisso por um instante. Pense na sua intolerância. Se não souber do que estou falando, preste atenção naquelas vezes em que uma mínima ação do outro despertou um monstro assassino em você. Algo tem que estar errado nisso! Será que a ação do outro era assim tão grave?Muitos de nós parecemos bombas-relógio prestes a explodir. Por onde andamos somos perseguidos por um tique-taque infernal, o que me faz lembrar do Capitão Gancho. Só que, diferente daquele homem barbudo, "horrível e mau", nos identificamos com os "mocinhos". (Você já pensou que talvez o Capitão Gancho também achasse que Peter Pan fosse o vilão da estória?).Vou lhe dizer uma coisa. Dói muito quando percebemos que carregamos um vilão dentro de nós. Dói perceber que agredimos e ferimos aos outros porque somos ignorantes ao nosso próprio respeito. Dói perceber que temos uma dificuldade enorme em olhar para o espelho e ver o reflexo do monstro adormecido dentro de nós.Mas enquanto não formos corajosos o suficiente para fazer isso, continuaremos por aí agindo como granadas humanas. Basta que alguém distraído puxe o tal pininho e... bummmmmm... explodimos! E justificamos a explosão com uma elaborada rede de argumentos racionalmente plausíveis. A nossa mente pode justificar qualquer coisa, até mesmo uma explosão. E, na distorcida lógica da mente, a culpa é sempre do outro.Para que você seja capaz de ter tolerância, é preciso ir além da mente. É preciso que você recupere o acesso ao seu coração. Anda faltando amor em nossas vidas.Eu convido você a exercitar essa palavra em sua vida.- Tolerar quando alguém intolerante "esquece a mão na buzina", porque você se distraiu e perdeu o tempo do semáforo.- Tolerar quando perceber que alguém que você ama está irritado.- Tolerar seu próprio mau humor e se lembrar que todos acordam mau humorados de vez em quando.Não quero propor nesse artigo que você tolere abusos ou atos agressivos contra você ou alguém. É claro que muitas coisas não devem ser toleradas e eu conto aqui com o seu bom senso.Mas o que eu penso é que, de verdade, andamos intolerantes demais! Basta uma atitude do outro ("interpretada" por nós como provocativa) e já nos perdemos de nós mesmos e entramos naquela mesma sintonia destrituva. É disso que estou falando. Da nossa incapacidade de nos mantermos em uma sintonia de paz. Da nossa incapacidade de compreender que algumas coisas não nos pertencem.Ouça: A irritação do outro não lhe pertence! A agressividade do outro não lhe pertence.Por que nos conectarmos com o que não é nosso? Deixe com o outro o que é do outro. Você não precisa entrar na mesma sintonia. Isso tem a ver com tolerância.Ao praticar a tolerância, talvez você comece a semear paz ao seu redor. Talvez isso comece como um pequeno jardim, pequenas flores brancas surgindo aqui e ali... mas não despreze seu potencial transformador. Perceba que todos nós somos como prismas multifacetados. Ao praticar a tolerância você estará emitindo inúmeros reflexos dessa qualidade ao seu redor e então, quase magicamente, talvez você comece a perceber que as pessoas à sua volta começam a se tornar tolerantes também. E assim se cria um espaço no qual se estabelecem relações mais respeitosas e harmoniosas.Acredite. Você precisa muito de paz. Meu convite: exercite a tolerância. Nem que seja só por uma hora... Depois vá expandindo. Um dia... uma semana.Observe as transformações que esse simples exercício pode efetuar em sua vida!
Patrícia Gebrim

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Em tempos, o discípulo perguntou ao mestre.



À muitos anos atrás, um discípulo perguntou ao seu mestre o seguinte:


“Mestre se vós sois iluminado, porque razão se preocupa o mestre em ensinar e transmitir seus princípios ao discípulo?”


O mestre pausou, e mediante o canto de uma ave, disse:


“Em nada me preocupo, pois a VIDA desconhece o sentido da preocupação, o ensinamento e os princípios que proclamo, é a mim mesmo, pois só “EU” existo”.


O discípulo ficou, estonteado, de certa forma confrontado e indignado com a resposta do seu mestre, se só ele existia, isso significaria, que ele não. Como poderia o Mestre afirmar algo tão arrogante, e ego centrico.


Ainda perturbado, perguntou ao seu mestre:


“Mas mestre, se só vós existes, quem sou eu, e todos os outros?”


Num sorriso, e contemplando a Vida à sua volta, o mestre olhou fixamente nos olhos do discípulo e disse:


“Só eu existo sim, e como é gratificante essa partilha de Consciência, comigo mesmo. Assemelhe-se a um rio de Amor, que se entrega ao Mar. Assemelha-se ao sorriso de uma criança, que aprendeu a andar”.


O discípulo, confuso recolheu-se e ficou a pensar. Após alguma reflexão, pausou, e contemplou a Vida do seu Mestre, como sendo ele mesmo, quem estava a falar.


“Obrigado mestre, pois em ti vi a Vida que sou, e que têm vontade de acordar”


Ambos sorriram mutuamente, e seguiram caminhos que a vida os reencaminhou, que foi sempre a vontade de Amar.




Paz

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ESTESIA II

Senhor, antes eu rezava como um mendigo espiritual.Minhas preces brotavam do meu orgulho.Eu não abria verdadeiramente o meu coração, apenas incomodava o Seu.Eu não orava. Na verdade, intimava o Céu a me atender.E Você, claro, sempre me levou na Sua Infinita Paciência...Com o tempo, eu amadureci e mudei meu jeito.Passei a orar porque me sentia bem comigo mesmo.Já não pedia mais nada, só agradecia a existência.Em meio à correria diária, eu tirava alguns momentos para entrar em meu coração.Bastavam alguns minutos, onde eu fechava os olhos e elevava meus pensamentos.Então, eu me sentia em paz, só por lembrar-me de Você.Antes, eu era duro. Mas meu coração amoleceu nas ondas de um amor que não sei explicar. Hoje, eu oro pelos outros e peço para que aconteça o melhor para a evolução de cada um.Lembro-me do mendigo que outrora fui, e agradeço a Você, pela compreensão.Meu Senhor, eu aprendi a lição: “PRECE É PAZ DE ESPÍRITO!”
Vagner Borges

terça-feira, 19 de maio de 2009

Lançamento do livro de poesia “Linhas Incertas” de Conceição Bernardino


A autora Conceição Bernardino e a Editora Mosaico de Palavras, têm a honra de convidar V.Exas. a estar presente na sessão de lançamento do livro “Linhas Incertas”, que terá lugar no próximo dia 30 de Maio, pelas 15.00 horas, na Casa Museu Teixeira Lopes, na Rua Teixeira Lopes, 32 – V.N.G (perto da Câmara de Gaia).


Prefaciado pela Doutora Goreti DiasOs textos de Conceição Bernardino não escapam à descoberta de um determinado ponto de vista, ou seja, ao inevitável pressuposto de um sujeito, já que não existe uma análise absolutamente neutra, sem indivíduo. Cada poema é uma situação de comunicação em que a subjectividade dá lugar à apresentação claramente incisiva de alguém que gira nas esferas de valores observadas e colhidas na sociedade, ciência, moral e arte, a reflexão de um acto de conhecimento da autora em contacto com o mundo real, as suas injustiças, guerras e desamores. (…)A poesia de “Linhas incertas” tem uma força imagética que nos roça a pele e penetra a carne, uma magnitude que, poesia dentro, se faz a cada verso mais crua, mais real. A presença de predadores na esquina dos desprevenidos, dos simples e dos desprotegidos! Da passividade à actividade, o sujeito da enunciação instiga “Crentes do nada, do vazio, levantai a cruz,/que a morte cala todos os dias...” em “ Sexta-feira Santa”; as palavras oferecem-se à partilha da dor: “Sou um pedaço de carne/que atiram aos cães”, em “Retirem-me estes cadeados”.
A apresentação da obra será feita pela escritora Rosa Maria Anselmo
Muito obrigada

segunda-feira, 18 de maio de 2009

SER FAZER TER

SER FAZER TER / ESPIRITO MENTE FISICO

Foram inúmeros os que alegaram:
SER, FAZER, e depois TER como fórmula para a Vida plena, contudo a Humanidade em toda a sua História adoptou o oposto, primeiro fazer, para depois ter e só então Ser. Toda esta fórmula têm conduzido o Homem á exaustão, a uma constante luta, pela aquisição dos seus desejos, exigindo assim dele o seu bem mais precioso, A VIDA, O MOMENTO PRESENTE.

O Presente serve assim de Palco e de propósito para o stress contínuo de trabalho em prol de um amanhã, em prol de um futuro, que teima em nunca se concluir, nunca estando satisfeito.

È certo que o “obvio” aparenta e apresenta-se como a fórmula adoptada, temos que primeiro fazer pela vida, para depois receber, e só então ser feliz com a aquisição. Mas, eu lhe pergunto quantas vezes ao dia o Leitor consegue algo? Uma, duas, três, quatro, vinte, trinta? Parabéns, se assim é, o Leitor conseguiu SER feliz, trinta vezes ao dia, diria que é um feito e tanto, pois existem muitos que só o conseguem uma vez ao dia, ou por vezes uma vez á semana, depende em muito da perspectiva de cada um, e o que significa “conseguir algo”.
Agora vejamos o exemplo que se segue, imagine o leitor, se invertesse a formula o que sucedia, e o que beneficiaria com isso? Por outras palavras quantas vezes Seria Feliz por dia? Se o leitor inverter a formula, e passar a SER em primeiro lugar, isso significaria que estaria sempre Feliz, excepto as vezes quando se esquecia de o SER.

Vejamos um exemplo: se SER feliz para si é receber um carro novo, seja feliz, como se já o tivesse recebido, conforme manifesta esse seu estado de Espírito, essa consciencialização, estará a emanar vibração e energia nesse sentido, de forma a proporcionar o “fazer” para então receber, muitos intitularam a formula como Lei da atracção.
Porém a Lei da atracção é apenas uma Lei, e deve SER vista como tal, isto significa que leitor pode e deve se aprofundar mais, de forma a discernir o que de facto é Felicidade para si mesmo, pois o simples facto de desejar algo, e conseguir não faz de si um SER pleno, pois como dito anteriormente, desejar significa carência, e carência significa incompleto.

Podemos então verificar que desejar e obter, não será propriamente, satisfação Plena, pois desejar implica premeditação, planeamento, existe um fazer em prol de, e o leitor volta a inverter tudo inconscientemente, colocando o Fazer em primeiro lugar, á frente do SER, está então a SER “forçosamente” Feliz.
Para SER, o leitor por e simplesmente “É”, existe um alinhamento, entre Espírito, Mente, e Corpo, a Vontade, é triplica, é o que podemos intitular como “Jackpot”, o Leitor sente-se extremamente Feliz, com uma Alegria enorme, capaz de iluminar o Mundo, Funde-se com o Presente momento.

Quando isto acontece o desejo é inexistente, pois não existe carência, existe apenas vontade, Vivacidade, energia, e alegria constante, poderá SER pleno, numa simples tarefa em limpar pratos, estar com os seus filhos, ou apenas a trabalhar, quando se faz com Amor e não em prol de um objectivo, o Alinhamento acontece. Portanto não devemos nos entusiasmar demasiado com a lei da atracção, pois de que adianta Ser escravo apenas de uma só vontade, a vontade mental, ou física.
Podemos então constatar que são inúmeras as vezes que as vontades se contradizem, a vontade física, poderá não coincidir com a vontade mental, que por sua vez pode não coincidir com a vontade Espiritual. Uma vez que o alinhamento entre os três, acontece o Equilíbrio e Alegria é jubilosa.


Paz

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Desabafos de bocados vividos...



talvez nunca te tenha dito que nem sempre o mar foi azul e calmo.
talvez nem sequer tenho tido a vontade de o comentar contigo.
olhavas-me perplexo, como se te fosse possível ver para dentro de mim.
fiz-te confusão eu sei.
mas eu já me "desconfundi" todinha
foste apenas o meu melhor e o meu pior.
contigo aprendi a lição completa da pior maneira possível e imaginária.
Dirás foi só um erro. Pois foi... imperdoável.!
Nunca ninguém me tinha tocado a alma. O corpo é a embalagem, quantos abraços recebi e carinhos sem me chegarem a mim?
Tu não! rebentaste-me toda por dentro. Atingiste um patamar inatingivel em mim.
Não... Não estou triste...
Já passou...
Já me refiz. Sou uma Mulher resolvida. E Tu? porque te continuas a questionar? a falar do passado como se quisesses reconstruir um futuro?
Não te guardo mágoa nenhuma. São coisas da vida. São momentos.
Vou guardar o melhor para lembrar com um sorriso e vou deitar o que não presta fora.

Hoje se te olhar posso-te dizer com toda a sinceridade:
- sabes o mar está lindo... e o zul? consegues ver os reflexos? Até o ceú parece sorrir...
Hoje consigo falar-te da vida simplesmente porque já não fazes parte da minha.

Hoje sou mais eu. respeito-me. e sei que mereço tudo de bom que a vida tem para me dar. e sabes o que se chama a isto? auto-estima.