Peço perdão…
Por talvez, humano eu ter nascido
E assim a imaculada perfeição
Jamais preencher a maior parte de mim.
Sim! Já quantas vezes, eu tenho sido surpreendido
Por alguns actos irreflectidos que nasceram dentro de mim
Dos quais, eu me envergonho por deles me ter servido.
Mas de nada serve, nem nunca me servirá este meu pejo
Pois a culpa está, em eu na verdade ter nascido assim
Destinado a subverter os bons princípios do meu subalterno desejo
Peço perdão…
(E pese embora todos os meus defeitos)
Se o bom que também existe dentro mim
De pouco ou nada positivo, a alguém alguma vez serviu
Embora eu saiba que existe alguma pureza enraizada em mim
Mas a mesma, nem sempre conseguiu produzir úteis efeitos
Principalmente quando certos defeitos, alguém em mim já viu
E alguns mesmo sabendo que eu não passo de um comum mortal
Raramente deixam de duvidar das minhas boas intenções
Com as quais eu visto tão solenemente o meu lado sentimental
Aquele lado, incapaz de ferir ou se aproveitar de fragilizados corações.
Peço perdão…
Por irracional eu não ter nascido
Talvez assim… ninguém de mim duvidaria ou criticava
Esta minha repreensível e genuína humana forma de ser
Talvez assim… eu a tudo isto jamais alguma vez atenção prestava
E certamente os meus atribulados dias, logo pacatos, passariam a ser
Deixando eu de os outros ferir ou… porque não, por eles também ser ferido.
Peço perdão…
E afinal… só e apenas a mim próprio
Por quiçá, eu injusto comigo mesmo estar neste momento a ser
Pois no meu intimo até sei que eu de todo posso não ser um simplório
Mas cruel ou ardiloso, eu tanto nunca o fui, nem faço intenções de o vir a ser!
“Por muito grande que seja o nosso guarda-chuva jamais o mesmo evitará que, algumas gotas de chuva acabem por nos vir a molhar.” (apollo_onze)
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