sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Uma homenagem á minha Cidade





A arte de não adoecer © Dr.Dráuzio Varella


Dr. Dráuzio Varella









































Um ótimo fim de semana a todos (as) blogueiros do

"Reflexões de Nós", seguidores e visitantes.

Beijos da Helô





quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Para pensar

Pode até ser clichê, mas... E se a maior estória já contada no Ocidente fosse uma mentira?

Seja uma pessoa de valor

Seja Uma Pessoa de Valor

Desperte para a vida!Saia da armadilha desse mundoque quer arrastar você para algo que não precisa ser. Tenha sim, todos os sonhos.Sonhe com o lugar onde quer chegar, ou estar,mas nunca abandone a idéia de se transformarnum autêntico ser humano, tá?Seja alguém de valores internos, nobres, imprescindíveis!Seja alguém de caráter! Seja íntegro, honesto, trabalhador!Continue sendo inteligente, sensível,talentoso para alcançar seus objetivos.Todo mundo tem que ter seus planos para a vida.Planos financeiros, físicos, sociais, religiosos,intelectuais, amorosos...Você é um conjunto disso tudo!Não fique só no financeiro, viu?Faça despertar o seu caráter, a sua humildade,a sua generosidade, a sua capacidade de perdoar,de amar, de servir, de sorrir...Não esqueça que todas as coisas têm um preço,mas nem todas as coisas têm valor. Falo dos valores nobres e importantes que você tem,carrega, conquista, aprimora ou conquista! Decida sempre pelo que tem valor de vida!Decida sempre pelo que tem valor verdadeiro antes de verificar se existe um preço!Sentimentos não têm valor, sabia?Não se pode comprar, por exemplo,uma porção de amor, de carinho, de compreensão...

Luis Carlos Mazzini

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Nunca pensei que o mar hoje estivesse tão azul e a minha mente tão colorida, era pressuposto não me rir tanto, e de ter a cara de acordo com o País em que vivemos.

Mas não! sou uma perfeita alienada. Odeio Telejornais, só me trazem más noticias e o povo parece sedento de sangue... quanto mais sangue melhor.

Nas viagens casa/trabalho e trabalho/casa, tropeço em olhares tão vagos e tristes que até chegam a doer. Eu sei que a Vida não está facil. Mas também sei que viver é tão bom.

Uso os phones para me abstrair de determinadas conversas que me irritam, de olhares que eu persigo sem querer porque me impressionam, então dou comigo quase aos saltos enquanto o resto das pessoas parece estar a dormir o sono da morte...

Não sofro por antecipação.

Crise? Sim o País está em Crise, mas eu não posso estar, tenho trabalho que me preenche todo o dia, tenho casa, um lar, ainda tenho os meus Amigos, as caipirinhas as músicas brasileiras para me animar e como se não chegasse ainda me dou ao luxo de me ir apaixonanando pelo caminho da vida...

Estado civil? Não tenho. Sou contra. Já por isso todos temos um Bilhete de Identidade, não temos de ser iguais uns aos outros basta que nos aceitemos tal como somos e o resto vem por acréscimo.

Como diz a minha Mãe:

- Filha não te justifiques, quem gosta de Ti não precisa de ouvir as tuas explicações e quem não gosta vai-te julgar na mesma...

E são as paixões, os sonhos, as Amigas/os que me devolvem todos os dias o sorriso que me é roubado.

A Reflexão



A reflexão

De Robin Sharma (em “O monge que vendeu sua Ferrari”): “Existe uma simples palavra que parece sintetizar todo o sentido da vida. Esta palavra é Paixão. Devemos carregá-la escrita na testa, a cada minuto do dia, porque é o fogo sagrado da Paixão que serve como o combustível mais potente para os nossos sonhos. A sociedade luta para nos tirar o sentido desta palavra, e nós devemos fazer o possível para mantê-la viva.“A melhor fórmula para uma vida miserável é deixar de fazer as coisas pelas quais somos apaixonados, e passar a trabalhar apenas naquilo que temos obrigação de fazer”.“Eu não estou falando de paixão romântica, embora isso também seja algo importante para uma existência inspirada. Estou falando de permitir que o Entusiasmo penetre em tudo que fazemos. Quando isto acontece, não pensamos no que passou ou no que se passará: pensamos no que se está passando conosco”.
Paulo Coelho

sem envelope...

...
...
Meu amor,

...Desde que te encontrei, te gesto. Grávida de mim e de um amor hermafrodita te vi em mim me vendo em ti, indefinida e sem espelhos em feminino e masculino nos meus ontens e no agora. E me pari nas contrações do mundo em plena rede. Escrevi em outdoors gritei e li a minha gestação e as dores do meu próprio parto, morte e ressurreição das mais que uma vida de agonia, dores, absurdos e alegrias...Talvez não compreendas esta carta híbrida, escrita em letras garrafais. Mas é para mim e é para ti que escrevo, hoje. As minúcias cotidianas são apenas o tempero de um prato principal que é a vida a ser vivida. A minha a tua a dele e a nossa. O outro que eu conheço e desconheço mas que sendo igual é diferente de mim e de ti mas é sempre mais um de nós. Porque o absurdo (no banquete em que é a vida é o prato a degustar e salivar), é o arroto o escapismo o suicídio e a desistência de viver o necessário a ser vivido na beleza e nos absurdos dessa vida. E é nesse ponto de encontro que eu encontro uma possível e desconhecida razão do amor... É que se meu amor É egoísta, talvez esta seja a medida necessária para que eu viva e sobreviva. E amando primeiro a mim eu ame UM outro um. E se me amo o bastante porque num pretérito perfeito já me amei egoisticamente, posso ter amor bastante para incondicioná-lo a quaisquer outro(s)... Só tu sabes a medida do amor que tens ai dentro de ti e eu, em mim. E saberás se o teu amor precisa ser somente à tua vida o bastante para que vivas o necessário ou se transborda e podes amar a ti e a outros... Talvez esta seja a razão exata da emoção. Meu amor, esta carta sem remetente ou destinatário lerei em voz alta no chão do mundo sem fronteiras... Não tem envelope mas está selada com amor e razão no amor pela vida. Quem sou? Sou nós. Com amor, Eu...
...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

meu governo...

...
...
...............................................................O que eu governo? Tudo. Simplesmente pouco... Apenas a imensidão do mundo que cabe dentro de mim. Meu poder? Reside aqui. Na vastidão de mim e do apenas-eu. Do que em mim habita, não contenho e desconheço; contenho e conheço. Aposso-me e governo este EU, indivisível por dois, três, cinco...ou mais. Meu território? A imensidão do meu pequeno e frágil corpo, território finito-infinito que eu governo. Tão somente - EU. Tomo posse deste mandato-escolha - Governar meu corpo, minha mente e sentimentos. INDIVÌDUO-INTEGRIDADE. Não renuncio a este mandato. Seria escolha-desgoverno. Ambos, corpo e emoção me escapariam. IN_DIVI_DUO-ELISÃO. Decreto a mim, o privilégio de pensar, sentir, viver, sofrer as dores e delícias das minhas emoções. AMO. Aposso-me e governo-me. A mim e não a ti. Isto me faz Humana e livre para o que eu escolher fazer. Esta é a única hipótese de ser DOIS. Sujeito de mim, não me assujeito a ti. Destituo. O poder de qualquer outro sobre mim. Subverto. Ordens e governo externos a mim. Meu corpo é meu. Posso dar-te... Pelo prazer de nós – juntos. Sob um querer meu e teu, juntos. No prazer que me dás, meu desgoverno... Mas não sou tua! Estou tua. Este é o meu governo.
...
Mai
www.inspirar-poesia.blogspot.com

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Incontido...

...
...
.........................................................................................................O mar da minha terra é como eu. Primeiro arrebenta corais, arrecifes, se espalha e se expande espraiando no alto. Depois ele rola miúdo e mansinho na beira, na areia, olhando pro sol...O ar da minha terra está em mim. Porque ele inspira insípido e invisível, as mais fortes paixões.Depois ele exala o tempero e o exótico cheiro das índias-delícias de especiarias...Os rios da minha terra correm em minhas veias. E lembram Veneza que deita dengosa e se espalha molhando seu leito de areia sem rumo e sem foz... O chão da minha terra é meu plexo meu nexo oriente-nordeste. Porque é nele que nascem mangabas, goiabas, sapotis e cajás que no pé,eu trepo faminta e pego no alto o fruto maduro que eu quiser chupar...O mar da minha terra é como eu, nada contém.
...
...

Refletindo com a Cabala

Entendendo a Cabala
























Uma ótima semana a todos (as) blogueiros do

"Reflexões de Nós" e visitantes.



domingo, 25 de janeiro de 2009

A lenda pessoal

A lenda pessoal é a missão que cada um possui.
Cada um de nós tem apenas um motivo para estar aqui.
E precisa se dedicar a ele.
A gente acaba se afastando dessa lenda pessoal, achando que os outros sabem melhor o que devemos fazer, e assim, não acreditamos na nossa capacidade.
A lenda pessoal é o retorno aos sonhos que temos desde a infância, e resgatá-los é a única maneira de sermos felizes.
Para perceber a lenda é preciso escutar o coração;
lembrando de quando eram mais jovens, o que realmente queriam ser ou fazer na vida.
Ali está o segredo, e as pessoas acabam se traindo, dizendo que aquilo era apenas um sonho de criança.
NÃO ERA.
Se escutarmos o coração e tivermos uma boa memória,
saberemos qual é nossa lenda pessoal.

(Paulo Coelho)

Uma semana esplêndida para todos.

Beijos!

Cleo


O FUTURO

Na bola de cristal procuro o meu futuro:
futuro tão brilhante que aos olhos me faz mal...
Não, não esse brilho fácil das girândolas,
mas uma súbita, silenciosa explosão de cores
– prenúncio da total subversão! –
até que então o Grande Mágico
regendo o novo Caos
(... e mesmo porque nada pode ser destruído...)
– afinal –
com todos os espantosos subprodutos da última bomba H
recomponha o milagre de cada indivíduo!


Mario Quintana

A reflexão



A reflexão

Texto de um monge do século XIV:“apenas uma pequena parcela de nosso conhecimento está nos tratados, nos livros, nas teses escolásticas. A parte mais importante, porém, habita toda e qualquer alma pura, que se delicia nos mistérios – e bebe da fonte do desconhecido, sem tentar explicá-la”.“Para conhecer esta fonte, é preciso lembrar-se de coisas da infância e olhar tudo que se passa a nossa volta com uma visão espiritual, densa, alegre”.“As pessoas falam de sonhos como algo que se desmancha no ar, como uma nuvem. Se percebessem que a nuvem não se desmancha, mas se transforma e se transmuta em chuva, então entenderiam melhor o que quero dizer”.
Paulo Coelho
.


















"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."

Martha Medeiros

Flores que Caem

Fotografia Isa Almeida; Olhares
.

Cerejeiras em flor, poupadas dos ataques aéreos.

aéreos.

Sob o Céu Azul, as pétalas dançam no ar.

.

Ao redor, o chão sulcado de ruínas.

Os miseráveis não podem ver as flores.

.

Que penosa a longa caminhada deles,

Caminho de pais e de filhos.

.

Entre tantas choupanas humildes,

as flores tem a mesma cor da aurora.

.

Como um símbolo do nosso tempo:

homens de poder, homens de paz.

.

"Flores que caem, flores que permanecem

Serão flores que cairão "- canta um homem.

.

Flores da juventude, são milhões delas

- Por que elas caem, por que elas caem?

.

Nos distantes mares do Sul, árvores infelizes,

Seus ramos doem porque não florescem.

.

E meus amigos sobrevivem, de coração ferido

pela perda de suas esperanças.

.

Será que um dia também nós cairemos e nos

dispersaremos

sem sequer saber se tudo é transitório ou

eterno?

.

Flores que caem,

Flores que perduram

- para sempre floresçam

cheias de perfume

na primavera

debaixo dos temporais.

.

Daisaku Ikeda

PERDÃO


SE VOCÊ AMA

O PROIBIDO,

VOCÊ PECA

SE PECAS É CULPADO

SE ÉS CULPADO REZAS

E TUDO SERÁ PERDOADO.
.
Ferina*Izil*

Bebo os cafés amargos que elas me fizeram depois das noites loucas de amor. Espalharam rosas, perfume e memórias nos meus lençóis para jamais as esquecer e assim amedrontarem-me na escuridão. Sonhos frios de Inverno, encobertos pelo denso nevoeiro dos teus olhos e das pegadas que deste passo-a-passo descalça na madeira. Não me esqueças nesses bosques e vales que percorres até alcançares o cume e não mais me avistares. Aperta-me a mão e adoça a alma desesperada. Beija os lábios sôfregos, lá na planície em que nos conhecemos e admirámos o horizonte interminável. Não galgues mais os ínfimos quilómetros de confidências e de segredos obscuros… Eu continuo-o a acreditar que esta história possa ter mais um capítulo antes do grande final.


http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E também sei falar de amor...

...
...
.............................................................................Dura mais que um instante o prazer que, prá sempre, guardarei em mim. A beleza do teu corpo, quente. Teu cheiro gostoso-pele, de cravo, canela, da China, da Índia, do mundo de mim...Dura mais que um instante, essa alegria-fruitiva que é estar em teus braços e ficar, em ti. Dura mais que um instante, o interminável momento em que a luz-miúda dos meus olhos, revela teu riso-brilhante, de gozo que pluma, deixaste meu corpo, alma, âmago. Ai, falo baixinho, me escuta, acredita... Sou louca por ti. Eu te amo!
...
...

Um nome de mulher...

.........Esta palavra tem garganta e voz. Levanta cedo, estica a folha, prende os cabelos, vai. E tem café, resolve o almoço e sai. Tem coração; é um PC, um HD de 1 Terabite. O pão, o beijo e a ternura tem histórias bem vividas, são 4 Gigas. Arquivo bom. São livros velhos. Tem Kerouac, Beatles, montanha russa... Agora corre. O trânsito é lento. Olha o relógio e lembra galos nos quintais e sua avó.Lá vem o tráfego. E passa tudo na cabeça, ela acelera e grita: OLHA O CICLISTA! A música é linda! No som do carro é a voz da Katie Mellua. Repete a música, desacelera e para. É o sinal. Agora o cérebro está um caos. É tanta coisa...é muita coisa. E tem ovários, sim. Ela é um dínamo. Um quase velox – velocidade 6 Mpbs.... O carro é velho mas ela chega. E veste aço e pedra prá enfrentar. Mas ela ama. O átrio chora. Ela sorri, engole o choro e escuta. E essa palavra - CÁLICE, implode a alma. Fala prá dentro e prende um grito na garganta. E sai de novo e haja pedra e vida. Vai ao cinema, escolhe um filme e chora o dia em uma cena. E chega tarde. Ela é mulher e sangra. Sangra suas guerras surdas, quando ela cala. Mas tudo sara quando beija o homem. Disfarça o dia, relaxa o corpo e limpa a pele em banho e espuma. Agora desce, esquenta a janta e ouve a outra voz. Lembram dos filhos e da família...Agora lava, tem detergente biodegradável e seca a louça, as mãos e o sangue desse dia. Agora o grito. E em silêncio essa garganta escreve a voz da integridade. Ela elabora a sanidade da loucura. Arquiva tudo e limpa as teias. Agora o espelho, um hidratante, pele macia... Está bonita, ela respira, solta os cabelos, vira fêmea e ama. E neste fica. E ele também... Esta palavra tem um nome e vive... Eu minto! Minha garganta, não. Hoje é domingo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A ERA DAS DÚVIDAS

Foto by Van Luchiari (Veja mais AQUI!)


Quanto vale uma lágrima?
Quanto vale um coração partido?
Quanto vale um sorriso perdido,
um sonho desfeito, um amor acabado?
Quanto valem as dores que os outros nos causam?
Quanto vale uma fuga?
Quanto vale perder o que nunca se teve?
Quanto vale uma ferida que se abre em alguém?

Quanto vale o tempo?
Quanto vale o esquecer?
Quanto leva o perdoar?
Como se faz pra entender?
Qual o caminho pra aceitar?
Até quando podemos aguentar?

Até quando você vai me fazer duvidar?
Qual é o seu limite?
Qual é o meu?
Quantas coincidências ainda terão que vir à tona?
Quando você vai entender?
Quando você se entregará ao que o coração grita?
Quando vai parar de doer?
Quando você vai entender tudo?
Você consegue suportar a verdade?

Isso é um sonho?
Eu estou sangrando?
Você está fugindo?
Você nunca acredita?
Você crê?
Você quer? Você busca?
Você vai atrás dos seus sonhos?
Você comete loucuras?
Você ousa?
Você é feliz?
Ou quer ser?

Você não... Você nunca... Você talvez...

Eu sempre... Eu grito... Eu cometo...
Eu olho bem dentro... Eu sinto bem fundo...
Intensidade! Tempestade!
Eu estou aqui! E jamais sairei.
Eu sou isso o que você vê e ouve.
Eu questiono. Mudo. Desvendo.
Eu mergulho.
Eu prefiro assim.....
E você?


Por Van Luchiari © - VAN FILOSOFIA!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A FELICIDADE

A felicidade nasce na luta.
Ânsia natural do ser, a felicidade surge do seu esforço
e sacrifício, do equilíbrio do sentimento
e do vigor da inteligência.
Não pense que a felicidade é uma quimera,
uma névoa, uma ilusão.
Ela existe, mas não pode ser alcançada de uma
vez, como num passe de mágica.
É preciso ir galgando degraus
e melhorando-se aos poucos,
pelo trabalho e pelo amor.
A felicidade total é o encontro com o Deus de cada um.
.
(pensamento de Lourival Lopes)
Ferina*Izil*


Se me queres não me prendas
Não fui feita para viver em gaiolas
não me faças promessas
nem me fales do ontem, já passou...
nem do amanhã... para quê? nem sei o que vou fazer daqui a 5 minutos
não me prendas, odeio amarras
o amor não respira se o ar estiver abafado
preciso urgentemente de me ter
preciso urgentemente de mim
preciso urgentemente do ar
não me sufoques
não me pressiones
deixa-me estar assim
tal e qual
de braços abertos para a vida
respirar a brisa fresca do mar
fica comigo mas não digas nada
posso parecer estranha
ás vezes até eu mesma tenho dificuldades comigo
mas aceita-me como eu sou que eu aceito-te como és
e isto é que é o Amor na sua plenitude
para mim é claro!
não me sinto dona da verdade
mas sinto-me dona de mim...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Vibrações de Paz







REFLETIR SOBRE NÓS MESMOS...
REALIZAR MUDANÇAS,
DE DENTRO PRA FORA DE NÓS.

SÓ ASSIM EDIFICAREMOS O IMPÉRIO DO AMOR.
TORNANDO-NOS ESPÍRITOS ADULTOS E SÃOS,
CADA VEZ MAIS PRÓXIMOS DA PERFEIÇÃO!

E A LUZ REINARÁ,
NESTE POBRE MUNDO, CARENTE DE PAZ.

ORE COMIGO...
E RECEBA AS VIBRAÇÕES DE PAZ...






Senhor, fazei de mim instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a Luz.

Ó Mestre,
Fazei que eu não procure tanto
Ser consolado como consolar;
Ser compreendido como compreender;
Ser amado como amar.
Pois, é dando que recebemos,
é esquecendo-nos que nos lembramos
é perdoando que somos perdoados,
e é morrendo que nascemos para a vida eterna.

Assim seja.
----------

Ao Olimpo


Zeus é o ínicio e o fim,
Zeus está acima de mim;
Ao seu lado, a Grande Hera, combatente de Argos estão ao seu lado
A honra de Hera brilha em mimha face.
Em meus pés, está Hermes o portador do caduceu,
Hermes o habilidoso está comigo, salve Hermes, o três vezes grande.
Em meus braços reside a força de Ares.
A habilidade do engenho Hefaestus está em meus braços.
Que Atena, de olhos verde mar, ilumine minha idéia
E me fortaleça para o combate justo.
Ártimis é minha guia
e sobre minhas mãos correm as flechas de sua glória;
Apollo me ilumina e guarda pela pureza das nascente délficas.
O deus das escumas negras, o grande Basileus do mar está à minha frente;
Ele reina sobre o mar profundo e sobre a superfície de mim. Poseidon, guarda-me.
O seio de Deméter é a fonte-nutriz do meu ser. Deméter dá-me a força do eterno viver.
O rosto de Aphrodite brilha sobre meu coração,
pois o meu peito resplandece o escudo das paixões. Sede comigo, Senhora Urânia.
A luz de Héstia é a chama da tradição
e sobre meu ser brilha o enigma dos antepassados.
Saúdo às divindades do fogo, da terra, da água e do mar
e aos antigos anciãos do povo heleno.
Saudado eu seja pela glória dos antigos e grandes heróis.
O grande Zeus portador da égide é o meu escudo.
Zeus é o início, Zeus é o fim;
Zeus está acima de mim.
Assim seja
Nunca esmoreças

Alma fraterna, recorda:Os momentos infelizesparecem noites de crisesEm que o céu lembra um vulcão;Ribombam trovões no espaço,Coriscos falam da morte,Passa irado o vento forte,Tombando troncos no chão...Os animais pequeninosGritam pedindo socorroDescendo de morro em morro,Cai a enxurrada a correr...Mas finda a borrasca enorme,No escuro da madrugada,Em riscas de luz dourada,Vem o novo amanhecer.Assim também na vida,Se atravessas grandes provas,Na estrada em que te renovas,Guarda a calma ativa e sã;Sofre, mas serve e caminha,Vence a sombra que te invade,Se a hora é de tempestade,Há novo dia amanhã...
Chico Xavier

Mindaugas ( fragmento)

Quando assim permaneces, olhando a escuridão,
então começas a pensar que não és nada
e que o homem é apenas um mísero grão de areia
no oceano da treva universal.
Pensa ele, talvez, saber qual é o fim do oceano
e o que há lá, além daquele limite,
onde o oceano se junta ao céu?


Eu vi, e não uma só vez, como caem as estrelas.
Observei como morrem os homens.
E não acontece nada! O oceano
é grande igual, é escuro igual.

Não somos certamente tão grandes como pensamos
e nem tão poderosos como julgamos.
Por que então é o homem feliz?
Por que motivo?
Talvez pelo que possui, agarra, toca, vê,
come, ama, escuta e sente?
Isso é felicidade, certo. E não pouca.
Mas, eis que chega a noite. E estás só.
E compreendes que tudo isso é somente tolice.
Que tudo isso em ti é como argila
e que não há coisa tão importante
para poder plasmar com ela a felicidade.
Maldita palavra! Quem a inventou?
Em que canto do coração nasceu,
tornando-se um desejo que o homem não pode aplacar jamais!


Justinas Marcinkevicius - Lituano/ tradução de Carlos Freire in Babel de Poemas

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


Sempre quis escrever, mas as palavras falham não me acompanham o raciocionio, entendes?
Nada é perfeito, mas há alturas em que te podias esforçar um pouquinho mais não achas?
A lareira...
Sempre a lareira...
Porque não a acendes mal chegas? porque não enches a casa de alegria e canções?
Sei que não és assim... já não o faço por ti.
faço-o por mim.
Acendo a lareira e fico parada a ver a beleza do fogo a comer a lenha, aquelas cores quentes que se espalham pela casa.
Não entendes o meu espanto com estas pequenas coisas, porque ambos olhamos para o mesmo e vemos coisas tão diferentes!
Abri uma garrafa de vinho tinto, o meu preferido, encorpado, suave que me dá aquela sensação de calma.
Bebi um copo, fumei um cigarro e pensei em coisas impensaveis...
Esta sou eu, aquela que vive apesar disto e daquilo. Aquela que existe e é feliz para além de tudo o que a rodeia.
Passas por mim... já nem sei se eu sou a tua sombra ou tu és a minha. Mas que não somos o sol um do outro lá isso tenho a certeza...
Chico Xavier

Tributo a Chico Xavier
Guerreiro,sê feliz na tua partida,pois neste mundo abrangeste todas as dores,todas as desditase fizeste felizes e consoladas centenasde almas, a curar suas feridas.Guerreiro,sê feliz na tua chegada na espiritualidade.Pois és o retorno de uma alma que cumpriusua finalidade.Lembrando e vivenciandotudo o que jesus nos legou,mostrando-nos o caminho da felicidade.Vai pois em paz, alma querida.A saudade tornar-se-á um bálsamo emnossos corações, e a luz que deixaste semprenos trará, além de grandes emoções,um grande alento à alma ferida.Que alegria, Guerreiro,o reencontro com todos os que sucessoficaram-te desejandoo encontro com teu guia e tantas almasafins, que te estarão esperandofelizes com tua chegada e unidos auma só voz; exclamando:“Sê benvindo, bendito de meu Pai”!

Olha-me sem me veres…

Olho-te sem pudor de tão impúdica que sou
viver é um evento obscuro de uma beleza tão rara
que afaga a própria existência do que não existe
olha-me sem temeres o que já não temes.

(Inventa-me de novo no teu esplendor)

Não me olhes ao espelho onde a minha imagem
já não projecta reflexos
nem me guardes como uma bíblia sem salmos
quero-me assim límpida para te profanar
na imortalidade dos mortais.

Procura-me nas forças do mundo intangível
onde nos encontramos intactos
de qualquer frugalidade imediata
leva-me mas olha-me sem me veres.


Conceição Bernardino

domingo, 18 de janeiro de 2009

Praia do Forte - Bahia


"Onde a pobreza se une à alegria, não há cobiça nem avareza."
.
São Francisco de Assis
Tela de Salvador Dali - Chalice of Love.


A única maneira de justificar os nossos dias é amando e trabalhando com o melhor que existe dentro de nós. Precisamos usar o coração do coração, e ver o mundo com olhos por onde lágrimas – sejam elas de alegria ou tristeza – estejam sempre jorrando.
Eu conheço poetas que nunca se mostram por inteiro, porque tem medo de que os reconheçam, e terminem isolados; eles não gostam disto, porque não conseguem apreciar a própria companhia.
Paradoxalmente, esta solidão é algo que assusta e atrai os homens. Eu, por exemplo, adoro estar só. Quando estou cercado de gente, e mesmo assim consigo reconhecer minha própria solidão, sou capaz de amar todos a minha volta, com muito mais desprendimento.
Mas, na medida que estas pessoas exigem que eu abandone minha solidão interior – para que elas mesmas não se sintam sozinhas – então, a magia deste amor desaparece.
20 de agosto 1920

Kahlil Gibran – As cartas de amor do Profeta – Correspondência (1908-1924) entre Kahlil Gibran e Mary Haskell, traduzidas e adaptadas livremente por Paulo Coelho.

Pai nosso aquantarista

PAI NOSSO AQUANTARISTA

Agora vamos nos concentrar para rezar o Pai Nosso, comentado da forma aquantarista. Nesta reza, não devemos apenas repetir as palavras, pois temos que aprender a refletir sobre o que estamos pedindo a Deus. Cristo nos ensina nos quatro evangelhos que devemos amar a Deus de todo o nosso coração, com toda nossa alma e todo nosso entendimento. Então vamos repetir em segunda voz, os trechos principais, ao comando de quem ora, e pensar sobre os comentários, para que possamos, além de rezar, levar fé à nossa alma e nos alimentar espiritualmente da palavra que está nas escrituras.
O grande desafio desta forma de rezar é pôr em prática o ensinamento de Cristo: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Agora rezaremos com palavras ditas no mundo da matéria, pausando em silêncio com respiração profunda, para que nosso espírito se acostume ao alimento espiritual que vem da palavra. Enquanto encarnados, temos que ensinar nosso espírito a se alimentar da palavra de Deus, para sermos mais felizes nos céus superiores. E a melhor maneira de ensinarmos nossos espíritos a se alimentarem da oração, é participando da oração coletiva, da seguinte forma:

Quem reza com pressa e sem concentração, não consegue alimentar seu espírito. Por isso, reze da forma coletiva abaixo, que você aprenderá a alimentar seu espírito.

Repitam a palavra no mundo material:
PAI NOSSO QUE ESTÁIS NOS CÉUS

AGORA FAÇAM SILÊNCIO E SINTAM A PALAVRA A FIM DE QUE NOSSOS ESPÍRITOS SE SIRVAM DO ALIMENTO CONTIDO NESTA ORAÇÃO ENSINADA POR CRISTO. Pensem no significado de Pai, no sentido de que somos todos filhos do Deus Único e que depois de mortos, somos todos irmãos. Pensem em céus no plural e no Reino dos Céus, que é o mais alto de todos os céus.
Agora repitam:
SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

SILÊNCIO PARA NOSSO ESPÍRITO SE ALIMENTAR ESPIRITUALMENTE DA PALAVRA. Pense no significado da palavra santificado. Santificado quer dizer separado, com sentido de “acima”, “superior”, por isso não devemos pronunciar o santo nome em vão, mas sim e somente com respeito, e propósito de fé como alimento espiritual, como estamos fazendo agora.
Repitam:
VENHA AO NOSSO, O VOSSO REINO

PENSEM no significado de Reino, como sendo o Reino dos Céus, o mais alto de todos os céus, e pense no nosso Reino, além do reino físico dos homens encarnados, como também no reino dos espíritos, que mesmo desencarnados, ainda ficaram presos ao mundo das formas, a valores terrestres e precisam de nossa ajuda. Por isso Cristo pede que o Pai mande o Seu Reino Celestial (plano superior) aos Reinos espirituais do mundo das formas, aos espíritos ainda presos aos rótulos e títulos adquiridos em vida encarnada.
Temos que nos lembrar da passagem descrita no Evangelho de Mateus, capítulo 22, versículos 23 a 31, quando Cristo foi testado pelos saduceus, que lhe propuseram uma questão de entendimento celestial, assim resumida: A mulher se casou com um homem, este homem morreu. Casou-se com o irmão deste homem, que também morreu, ao final casou-se com os sete irmãos e todos inclusive ela, morreram. Cristo qual deles será o marido dela nos céus? Cristo disse: No céu, ninguém será marido dela, porque todos serão como os anjos do de Deus no céu. Todos são irmãos.
Portanto, temos que pensar na vinda deste Reino celestial superior, onde todos são irmãos, clareando os irmãos menores que ainda estão presos no mundo das formas, em formas de parentesco, pai, mãe, tio avôs, etc. Temos que pedir que se dirijam ao céu de Cristo, onde todos são irmãos.
Repitam:
SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS
PENSEM: Agora Cristo pede que a compreensão do Pai chegue à Terra, ao mundo dos encarnados, dando a nós a verdadeira compreensão, tirando-nos as vendas que nos impedem de passar nos testes espirituais que nos desviam do caminho de Cristo.

Repitam:
O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁI HOJE

PENSEM: No alimento material, pelo qual devemos agradecer a Cristo e também no alimento espiritual que é a palavra de Cristo. Devemos ter em mente que todos os espíritos devem aprender a alimentar-se da palavra, conforme Cristo ensina: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Portanto, devemos agora, receber como alimento espiritual esta oração, para que depois de desencarnados nos alimentemos da palavra divina, nos desprendendo totalmente da Terra e de seus banquetes de alimentos terrenos.
Repitam:
PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS,
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
PENSEM: Para alcançar a salvação, devemos perdoar as pessoas e não guardar mágoas no coração. Devemos ter o coração leve, e dentro dele, somente a Deus, pois devemos amar a Deus sobre todas as coisas, não deixando espaço para nada de negativo dentro de nosso coração. Vamos jogar todas nossas emoções negativas para fora do coração.

Repitam:
E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
PENSEM: O que é cair em tentação? O próprio Cristo foi tentado 40 dias no deserto, antes de iniciar Sua missão. Nós também somos testados e a causa de nossos sofrimentos vem das reprovações nos testes a que somos submetidos. Temos vários exemplos de testes, principalmente na área do amor (o teste entre escolher a pessoa certa e a errada), dos negócios (o teste de ser honesto ou desonesto), etc. E quem não passa no teste acaba colhendo o mal. E como Cristo nos ensina a passar nos testes? É simples: Está em Lucas 11:13 - Se pois, vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais Vosso Pai Celestial...
Veja que Cristo afirma que até mesmo os maus sabem o que é bom para seus filhos. Usando desta forma de pensamento, fica fácil não cair em tentação, é só pensar, em caso de dúvida, por exemplo, na área do teste do amor da mulher: qual dos meus dois pretendentes eu indicaria para a minha filha? Fica fácil para nós sabermos o que é bom para nossos filhos, por que não usamos do mesmo raciocino para nós mesmos? Portanto, em caso de dúvida no amor, nos negócios, em qualquer escolha, faça como Cristo nos ensina: Eu indicaria isso (ou essa pessoa) para meu filho ou minha filha? Se você não indicaria, não faça, para não cair em tentação e colher o mal! Peça para Cristo tirar as suas vendas que não deixam você fazer a escolha certa!

Repitam:
MAS LIVRAI-NOS DO MAL.
PENSEM: No sentido de Deus mandar uma chance, uma luz para nos livrar do mal, por não termos passado em algum teste divino. E devemos ter a consciência de que Deus mandará um novo teste para que possamos nos livrar do mal. Temos que ter força de espírito para passarmos no teste! Devemos pedir inconscientemente, mais uma vez, para que sejam tiradas as vendas que nos impedem de passar nos testes - sejam eles, amorosos, empresariais, familiares, de força de espírito, no combate às trevas internas (depressão, preguiça, etc.).
Repitam:
AMÉM
PENSEM: “Amém” é a tradução para o latim do som universal OM (oriental), que representa o eco da explosão do universo. Sinta sua alma, seu espírito, em expansão, em sintonia com o universo, crescendo cada vez mais em felicidade e farto deste alimento espiritual! Na Era de Aquárius devemos dizer, em vez de amém, AUM ADEN OM.
Repitam:
AUM, ADEN OM



extraído do site : www.aquantarium.com.br

sábado, 17 de janeiro de 2009

•.¸¸.ஐO mundo de Sofia


Sofia trilhava os primeiros passos na descoberta do mundo por si mesma. Estava cansada de receber as coisas prontas, de não poder discordar de nada, de não poder contestar. Rompeu com as crenças religiosas em que fora criada. Os pais não aceitavam, cobravam-na por isso. Mas Sofia estava decidida a não voltar atrás. Ela decidiria suas escolhas e viveria de acordo consigo mesma, não de acordo com o que queriam que ela fosse.

Depois de ler e estudar friamente, descobriu um traço comum em todas as crenças religiosas de que tinha notícia. “Em todas elas, há uma verdade universal: o amor”. Sendo assim, Sofia decidiu que essa era a fé que seu coração professaria. Mas ela não entendia o amor como um sentimento nutrido por outra pessoa. “Isso não é tudo. O amor é, na verdade, a força que move e rege o Universo”.

Os pensamentos fervilhavam em sua mente. Sofia sentia como se tivesse acabado de nascer. De algum modo, tinha mesmo. E ela ainda estava construindo o seu mundo a sua maneira. Sofia precisava organizar suas idéias. Por isso, ela mantinha um caderno de capa azul sempre por perto. Nele anotava seus pensamentos, dúvidas, inquietações, angústias e o que mais achava interessante deixar por escrito para que mais alguém lesse. Nem que isso só fosse acontecer num futuro quando ela não estaria mais por perto para poder conversar sobre seus escritos.

Na clarividência de noites não dormidas, Sofia percebeu que carregava dentro de si a consciência que este Universo tem de si mesmo. Mais, ela havia recebido o Big Bang como presente de batismo, assim como toda a humanidade e todos os outros seres vivos. A diferença é que Soh, apelido de infância, tinha consciência disso. “O Universo tem consciência de si mesmo pela minha consciência. E isso é o máximo!”

Mas não era tudo. Sofia tinha certeza de que tinha vindo à vida muito mais de uma vez. Ou que explicação haveria para recordações de lugares, pessoas, épocas que ela vivenciara e já tinham acontecido há tempo? Sabia-se grega em essência. E também oriental. 

“Quanta sabedoria posso encontrar nessa alma que habita o meu corpo? Quantas vezes ela voltou e voltará para aprender e evoluir?” Sofia não sabia responder. Estava certa, porém, de que levava uma alma que conhecia infimamente e era levada por ela.
Deitada no jardim de sua casa, Sofia pensava em coisas sobre as quais poucas pessoas se propunham a refletir. A idéia de existir um mundo, por exemplo, era, no mínimo, fantástica para ela. Sua mente estava se acostumando com a vida fora da caverna de Platão.

“Existe um mundo. Em termos de probabilidade, isso esbarra em todos os limites do impossível”. Para Sofia, o mundo não se apresenta apenas como um improvável fato único, mas como uma constante carga para a razão. “Isto é, se é que existe a razão. Se é que existe uma razão neutra”.

Não teria sido, Sofia, muito mais fidedigno se, por acaso, não existisse nada? Nesse caso, ninguém teria começado a perguntar por que não havia nada, não é?
“Pode ser que sim, mas então, qual seria a razão do universo?”
Eis uma proposição interessante!

Diante da dificuldade de uma resposta, Sofia dedicava-se ainda mais a seus estudos e buscava as respostas menos óbvias que pudesse encontrar. Ela chegou a pensar que muitas vezes o significado de determinado acontecimento poderia aparecer muito tempo depois do acontecimento em si. Ou seja: a causa de algo que ocorre poderia só aparecer a posteriori. E a razão disso, acreditava, é muito simples: todos os processos têm uma coordenada temporal, não necessariamente cronológica com causa, fato e conseqüência. Então, Sofia poderia entender que o motivo da grande explosão era ela estar olhando para trás.

“Talvez estejam enganados os que sustentam que não há nenhum sentido por trás da existência do Universo. Eu sei que a grande explosão tinha uma finalidade. Ainda que a própria contemplação seja retroativa, pelo menos para mim e para quem mais se dê conta disso. Quem estabeleceu que uma causa nunca pode pertencer ao futuro? Talvez seja nesse ponto que nos enganemos!”

Sobre a sua própria pergunta, ela sabia também que o Universo não precisava de sentido. Nas palavras de Sofia, “a evolução da vida na Terra é um processo muito mais esplêndido que qualquer mito de criação, por mais grandioso que possa ser”. Em poucas palavras: a recompensa consistiu em criar o público do espetáculo. Afinal, sem a platéia, não teria sentido chamar de espetáculo o Big Bang e tudo que aconteceu e continua acontecendo. Na lógica do pensamento de uma causa poder aparecer depois do acontecimento, o aplauso à grande explosão só chegou quinze bilhões de anos depois dela acontecer.

Sofia questionava, por exemplo, quão grande era a probabilidade que algo tinha de nascer do nada? Ou, ao contrário, que probabilidade existia de que algo tenha sempre existido? Mais ainda. Poder-se-ia calcular a possibilidade de que a matéria cósmica de repente, numa bela manhã, tenha acordado consciente de si?

Respostas exatas Sofia não tinha. O espírito contestador que a habitava levava seus questionamentos mais longes do que ela poderia imaginar. “Se – e quero deixar bem clara a enormidade desse SE proposto – se existe um Deus, ele não só é um ás em deixar vestígios, mas, sobretudo, um mestre em se esconder. É difícil fazer com que as pessoas entendam que o mundo não é dos que falam além da conta. O firmamento continua calado. Não há muito mexerico entre as estrelas. Mas ninguém ainda se esqueceu da grande explosão”. Incrível, hein, mocinha?

“Sim, incrível, e mais ainda se constatamos que desde então, o silêncio reinou ininterruptamente e tudo que existe se afasta de tudo.” Ah sim! Sofia tinha a clara percepção de que o caminho misterioso trilhado pelo Universo não vai para dentro, mas para fora, não entra nos labirintos, sai deles. E foi justamente nos neurônios dos vertebrados de sangue quente onde saltaram as primeiras rolhas da champagne. Ainda que nem todos se dêem conta, o fato é que os primatas pós-modernos chegaram à grande visão do conjunto. E Sofia não se espantava ao perceber que o Universo vê a si mesmo em grande angular.

“Criar um mundo inteiro tem, necessariamente, de ser considerada uma façanha merecedora de reverência, mesmo que tivesse causado ainda mais admiração se um mundo inteiro tivesse sido capaz de criar a si mesmo”. A proposta é interessantíssima. A experiência de ter sido criado não é lá grandes coisas em comparação com a incrível sensação de quem criou a si mesmo do nada e pôde ficar de pé sem a ajuda de ninguém.
Sofia se recusava a acreditar que as coisas eram exatamente o que elas aparentam ser. “O Sol não é apenas uma estrela adulta, a Terra não é apenas um micro planeta, o ser humano não é apenas um animal, um animal não é apenas terra modelada e a terra não é apenas lava!” A intensidade com que ela discursava essas palavras deixava qualquer ouvinte admirado. Ela queria mergulhar mais fundo na questão.

Se todo material genético na Terra apresenta um parentesco indiscutível, Sofia podia pressupor que toda a vida neste planeta é descendente de uma só macromolécula. Então a Terra seria apenas um organismo vivo?

“Sim. E isso não é apenas uma metáfora.” Entendo... “É fato! Sou mais aparentada a uma rosa do que duas gotas d’água no oceano são aparentadas entre si. Basta abrir os olhos e ver! Eis todo o planeta vivo! E, pode ser que talvez haja até mesmo um ‘céu’ acima deste”. Mas não era um consolo o fato de que Sofia – uma primata monstruosamente auto-suficiente – fosse capaz de trazer em sua memória o passado deste Universo, desde a grande explosão.

“Não sei o que é este mundo. Imagino que seja fácil me deixar enganar pelos limites que o nível de realidade em que me encontro neste momento me impõe”. Ainda havia tanto por saber, tanto o que perguntar. E, talvez, todas as certezas a duvidar. Uma certeza, porém, Sofia carregava dentro de si. Olhando para todo o passado do Universo e, por conseguinte, também o seu passado, Sofia percebia que o mesmo Universo precisou de bilhões de anos para criar um ser humano. Mas esse mesmo ser humano só precisava de poucos segundos para deixar de existir. O corpo morria. A alma, acreditava, é imperecível, como o tempo. “Por isso vale a pena”.

E só então, Sofia podia sorrir e voltar a brincar em seu castelo de vidro.

•.¸¸.ஐBruneLLa Wyvern

Eu estou aqui...




Então, eu estou aqui!
E você também...
Me permita ser o seu espelho esta noite
E cantar em mim o teu encanto
Tua estranheza e teu espanto!
Como quem sabe no fundo
Que não há distância neste mundo
Pois somos uma só alma!..

Me permita ser esta noite
A voz que te canta e te encanta de si
Que te faz sentir-se e parar
Como quem volta pra casa e
resolve se amar.

Somos livres! e não possuímos
as pessoas
Temos apenas o amor por elas
e nada mais...

E é preciso ter coragem para
ser o que somos sustentar
uma chama no corpo sem deixar
a luz se apagar.

É preciso recomeçar no caminho
que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado.
confiando no invisível
desprezando o perecível
na busca de si mesmo

Ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real...

E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama, é só o nosso
modo de ver
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
com nosso poder de crer.

© Luiz Antonio Gasparetto

UMA SIMPLES REFLEXÃO


Olhamos o espelho da nossa existência e procuramos respostas, entramos nas veredas do passado onde desfilam recordações... procuramos os contornos do destino, imagens vindouras a desenharem-se no pensamento... A consciência de um passado vivido, trazido para a compreensão do presente, devolve-nos a chave de um portal que procuramos abrir... mergulhamos numa viagem de anos, décadas... perscrutamos viagens por mundos de alegria, de tristeza... abraçamos memórias, sorrisos, lágrimas... sentimos perfumes de alma que nos rescenderam o horizonte e nos moldaram a essência.

O pretérito perfeito só é saudável de conjugar para descodificar os ensinamentos estudados, para interpretarmos o nosso aperfeiçoamento anímico... Não devemos continuar a velejar em angústias e sofrimentos, pois poderemos afogar a nossa missão.
Também não importa o futuro em si ou o remate da viagem, mas sim as rotas do nosso trajecto existencial e a possibilidade de recolher tesouros de vida que engrandecem a nossa alma.

Não me preocupa agarrar a borboleta que rodopia na flor perfumada de um jardim, mas interessa-me apreciar a sua dança encantada e guardá-la nas gavetas memoráveis e preciosas do coração. De que me vale querer chegar ao pórtico das estrelas, se cá de baixo, elas irradiam um brilho esplêndido?

O importante da vida é o aqui e o agora... é este o momento certo. Embarquemos nele e continuemos a nossa navegação com os sentidos bem aprimorados. Captemos as melhores paisagens, as verdadeiras fotos interiores das nossas vidas... registo perfeito a inserir no álbum eterno da memória.

Autoria: Fanny

Para que serve o horizonte?...

Certa vez alguém chegou no céu e pediu pra falar com Deus porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha nenhum sentido...

Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na Criação.
-- Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada - disse aquela pessoa para Deus.
-- E que coisa é essa que não serve para nada? - perguntou Deus.
-- É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos. Se caminho quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim... Isso não faz sentido! O horizonte não serve pra nada.

Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
-- Mas é justamente para isso que serve o horizonte... "para fazê-lo caminhar".

Autor desconhecido

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

"Nunca cultives coisas absolutas, como a castidade absoluta ou a sobriedade absoluta: a maior força de vontade é a do homem que gosta de beber e se abstém de beber muito e não a daquele que não bebe de todo. O movimento antialcoólico é um dos maiores inimigos da vontade própria e do desenvolvimento da vontade. Castrar um homem «controlará» certamente os seus impulsos sexuais. Castrar a sua alma também fará o mesmo. A dificuldade é abster-se.

Deves criar um desejo de beber e de fumar e então fumar e beber moderadamente. Graças a este método, não só desenvolverás a tua vontade decisivamente, obrigando-a a impor limites aos teus impulsos, que é a função própria da vontade (e não a eliminação dos impulsos), mas também extrairás o maior prazer possível de beber ou de fumar, pois a Natureza concebeu as coisas de um modo tal que o maior prazer vem depois do maior poder, a temperança, e o sinal da normalidade é este. "


Fernando Pessoa, in 'Reflexões Pessoais'
"Reflexão: uma acção da mente, através da qual obtemos uma visão mais lúcida da nossa relação com as coisas passadas, ficando assim mais preparados para evitar os perigos que não voltaremos a encontrar."

"Dicionário do Diabo" de Ambrose Bierce